O vice-governador do estado, Wherles Rocha (PSL), disse nesta quarta-feira (14) que vai solicitar uma ‘investigação criteriosa’ à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal sobre a destinação das verbas de mídia do governo do Acre. Ele afirma suspeitar que os recursos, geridos pela Secretaria de Comunicação, estejam irrigando veículos de comunicação encarregados de promover campanhas contra adversários e até aliados políticos do governador Gladson Cameli (sem partido).

“Faz tempo que venho sofrendo ataques coordenados de comissionados nomeados diretamente pelo governador e veículos de comunicação pagos com recursos públicos”, assegurou.

Ainda de acordo com Rocha, “nos bastidores correm as histórias de cooptações, pressões, perseguições e estratégias nada republicanas para tentar minar aliados e até mesmo aqueles que alguém acha que podem ser adversários”.

Em setembro deste ano, o vice-governador pediu informações sobre a destinação dos recursos para a mídia, o que lhe foi negado pela secretária de Comunicação, Silvânia Pinheiro. Desconfiado, segundo diz, de que a verba esteja sendo usada para financiar ataques contra si, Rocha questiona: “Seria essa a razão da secretaria de comunicação me negar o acesso às informações dos gastos com a mídia que deveriam ser públicos?”.

O vice-governador se refere ainda ao que chama de ‘Gabinete do Ódio’, que no atual governo pode ter criado uma ‘milícia digital’. Esta seria mantida com verbas públicas, que até o final deste ano podem superar a cifra de R$ 10 milhões.  

Para Rocha, existem indícios de “ilícitos administrativos, cíveis, criminais e eleitorais”. “Esses e outros questionamentos só serão esclarecidos após uma investigação criteriosa que irei solicitar junto à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal”, concluiu.