Rocha diz que Secom não presta informações sobre verba de mídia

O vice-governador do Acre, Wherles Rocha (PSL), publicou na tarde desta quarta-feira (14), em sua página no Facebook, um texto no qual questiona a destinação das verbas de mídia pela Secretaria de Comunicação (Secom). Ele diz suspeitar dos critérios adotados pelo governo na distribuição das verbas de mídia. E desconfia que o dinheiro público possa estar sendo usado para custear ataques a aliados e adversários políticos do atual governador.  

Rocha publicou documentos comprovando pedido de esclarecimentos à secretária de Comunicação, Silvânia Pinheiro, bem como as respostas dela, consideradas por ele como ‘insuficientes’.   

Em determinado ponto da postagem, o vice-governador sugere que a divisão dos recursos de mídia pode estar sendo decidida em Manaus (AM), onde os Cameli mantêm a maior parte das empresas da família.

Leia, abaixo, a postagem na íntegra:

As declarações do ex-assessor do governo, Weverton Oliveira dos Santos, mais conhecido como Silvio Santos (a quem presto solidariedade), de que o “nosso governo” estaria pagando a imprensa para me atacar desde o início de nossos trabalhos no executivo foi muito impactante porque revelou mais do que a declaração de uma pessoa que trabalhou na comunicação do governo, jogou luz sobre as possíveis estratégias políticas de ataques aos adversários e aos aliados. Agora posso supor o que está por trás da recusa da SECOM em me prestar informações.

Preocupado com a forma como foi e está sendo empregada a verba de mídia do governo do estado, solicitei formalmente em setembro deste ano, da secretaria de comunicação (SECOM), algumas informações a respeito das destinações e os materiais que foram veiculados nas mais diversas mídias. Para minha surpresa, a secretária de comunicação resistiu ao pedido e enviou resposta diferente daquela que eu esperava.

Só para o COVID-19 foram destinados 1 milhão e duzentos mil reais a serem gastos entre maio e junho deste ano para a conscientização da doença, em um processo de contratação de emergência. Solicitei deste contrato em específico que a SECOM informasse quanto foi gasto com TVs, Sites, Rádios, prospecto, panfletos e mídias diversas, especificando também o valor que cada empresa ganhou e o critério utilizado ao repassar esses valores.

Durante essa pandemia, mais uma licitação transcorria, a da mídia do governo, a comum, dessa vez no valor de 5 milhões novecentos e cinquenta mil reais, tendo vencido a licitação a Agência Thera, adivinhem de onde? De Manaus. Solicitei o Mapa/Plano de Mídia e o estudo técnico que originou o briefing. Pedi também em ofício a SECOM que especificasse quem definia a escolha dos veículos de comunicação e o que devia ser veiculado, se era a secretaria ou Agência de Publicidade. Não obtive ainda uma resposta a contento.

Além dessas informações a respeito da destinação destes 7 milhões cento e cinquenta mil reais, o que estaria escondendo a SECOM quanto à verba de mídia? Estaria “ajudando” algum empresário mais próximo do governo? Quem ganhou mais, quem ganhou menos? Quais os critérios adotados para a veiculação e partilha da verba? Estaria, a partir dessa “ajuda”, o(s) empresário(s) direcionando seus ataques a mim como comentou o ex-assessor governista?

O fato é que esses valores podem ser ainda maiores se somarmos os recursos que algumas secretarias possuem para contratação com as gráficas, a única coisa que desejo é transparência e cuidado com o dinheiro público.

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