PF: pedido de prisão de prefeitos foi negado por desembargador

O delegado da Polícia Federal no Acre, Luiz Carlos da Silva Júnior, afirmou nesta quarta-feira (3) que a instituição apresentou pedido de prisão ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) contra prefeitos acusados de envolvimento em desvio de recursos públicos na área de saúde. Não foram especificados quais gestores públicos municipais integravam o pedido, negado por um desembargador do TRF-1.

Nas primeiras horas da manhã, a PF e a CGU (Controladoria-Geral da União) deflagraram a Operação Off-Label em oito municípios do Acre e três do Amazonas.  

A superintendente da Polícia Federal no estado, delegada Diana Calazans Mann, afirmou, porém, que os prefeitos dos municípios-alvo da operação desta quarta deverão ser convocados para falar sobre o suposto esquema criminoso.

Segundo o superintendente da Controladoria Geral da União (CGU) no Acre, Ciro Jônatas de Souza Oliveira, os desvios de recursos públicos nas oito prefeituras do Acre podem chegar a R$ 35 milhões.

As investigações se iniciaram a partir de ‘fortes indícios’ de corrupção em fornecimento de medicamentos e insumos hospitalares no município de Cruzeiro do Sul, em 2016. A análise da PF e da CGU nos documentos, feita por amostragem, revelou sobrepreço de quase 50% em compras que totalizam R$ 1,7 milhão.

Oliveira afirmou ainda que os pagamentos eram feitos normalmente às empresas investigadas, via transferência bancária, mas que os medicamentos e insumos médico-hospitalares não chegavam às unidades de saúde dos municípios.

Segundo Diana Calazans, as investigações correm em segredo de justiça, por isso não foram revelados os nomes das empresas e servidores públicos investigados.

De acordo com a delegada Larissa Magalhães Nascimento, 250 policiais federais participaram da operação. As investigações miram ainda fraudes diversas em licitações públicas.

Os municípios na mira da PF e CGU são: Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves, Marechal Thaumaturgo, Xapuri, Epitaciolândia, Bujari, Rio Branco e Jordão. Além desses, Boca do Acre, Pauiní e Guajará – no Amazonas – integram a lista.

Imagem: PF-AC

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