Delegados da Polícia Federal no Acre afirmaram na manhã desta quarta-feira (3), durante uma videoconferência com a imprensa, que há fortes indícios de desvio de medicamentos básicos e de insumos hospitalares nos oito municípios acreanos investigados na Operação Off-Label. A ação, deflagrada no começo da manhã, cumpriu 85 mandados de busca e apreensão em oito municípios do estado, além de três do Amazonas.      

De acordo com o superintendente da Controladoria Regional da União (CGU) no Acre, Ciro Jônatas de Souza Oliveira, que também participou da videoconferência, as investigações, iniciadas em 2016, revelaram que parte dos medicamentos e insumos hospitalares contratados com o Poder Público não chegaram às unidades de saúde. Os municípios-alvo da operação desta quarta são: Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves, Marechal Thaumaturgo, Xapuri, Epitaciolândia, Bujari, Rio Branco e Jordão. Além desses, estão na lista Boca do Acre, Pauiní e Guajará – todos do Amazonas.

Iniciadas em Cruzeiro do Sul, atualmente governada pelo prefeito Ilderlei Cordeiro (Progressistas), as investigações revelaram um suposto esquema de compra de remédios e insumos médico-hospitalares que eram pagos pela prefeitura, mas não chegavam às prateleiras das unidades básicas de saúde.

De acordo com o representante da CGU no estado, o montante identificado na prática delituosa chega a R$ 75 milhões, dos quais praticamente a metade foi desviada pelos acusados.

Segundo a superintendente da PF no Acre, delegada Diana Calazans Mann, as investigações correm em segredo de justiça, por isso não foram revelados nomes das empresas e servidores públicos investigados.

Os delegados Luiz Carlos da Silva Júnior e Larissa Magalhães Nascimento também responderam a perguntas dos jornalistas.

Imagem: Assessoria de imprensa da PF no Acre

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