(ANSA) – A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou nesta quinta-feira (11) o uso emergencial da vacina anti-Covid desenvolvida pela Janssen-Cilag, braço belga da Johnson & Johnson. É a quarta liberada para uso no bloco europeu.
“Após uma avaliação completa, o comitê de medicamentos da EMA (CHMP) concluiu por consenso que os dados da vacina são robustos e atingem os parâmetros para eficácia, segurança e qualidade”, diz o comunicado.
Segundo a EMA, os dados enviados pelo laboratório incluíam os resultados dos testes realizados nos Estados Unidos, África do Sul e países da América Latina, que envolveram 44 mil pessoas a partir dos 18 anos.
“Os testes mostraram uma redução de 67% no número de casos sintomáticos da Covid-19 após duas semanas da aplicação da dose nas pessoas que receberam a vacina da Janssen (116 casos em 19.630 pessoas) comparado àqueles que receberam o placebo (348 em 19.691). Isso significa que a vacina teve 67% de eficácia”, acrescenta o documento. O número está em linha com o apresentado pela empresa.
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O relatório ainda ressaltou que os efeitos colaterais foram considerados leves ou médios e que foram, mais comumente, dores de cabeça, dores no local da aplicação, fadiga, dores musculares e náusea.
A vacina da J&J é muito aguardada pelos governos europeus por ser aplicada em apenas uma única dose. Até o momento, as demais aprovadas – Pfizer/BioNTech, Moderna e Universidade de Oxford/AstraZeneca – necessitam de duas doses.
O imunizante é feito com um adenovírus inofensivo aos humanos que foi modificado para conter as informações da proteína spike do coronavírus Sars-CoV-2. O sistema imune reconhece, assim, a proteína spike como uma invasora e produz anticorpos e ativa as células T para atacá-las.
A Johnson & Johnson já é usada em diversos países, incluindo os Estados Unidos. Agora, a Comissão Europeia precisa dar a autorização da comercialização das doses para que os países-membros do bloco comecem a recebê-las – o que deve ocorrer ainda hoje. Já foram adquiridas 400 milhões de doses. (ANSA).