Vamos ficar só assistindo?

Quando você presencia uma cena de violência na rua, o que é que você faz? Fica de longe e só assiste? Tenta interferir? Se mete na confusão ou pega o celular e filma tudo? Aqui, quero refletir sobre qual é o nosso papel na sociedade, seja no convívio social, no trabalho e até mesmo na política. Querendo ou não, somos atores essenciais em diversas áreas sociais, até mesmo naquelas que achamos não ter participação. Mas mesmo de forma indireta, sempre estamos nos espaços.

Em um sistema democrático, se entende que o direito e a participação são prerrogativas de todos. E tais percepções estão ainda mais presentes no dia a dia de todos nós. Com o advento da internet e das redes sociais, onde a informação e a opinião, andam lado a lado, qualquer um de nós tem o direito de participar, seja dando sua opinião, participando de manifestações e até se candidatando.

Cada pessoa, cada cidadão é responsável pelo seu futuro e também responsável pelo futuro do coletivo, uma vez que pretendemos viver em sociedade. E para garantir um futuro que desejamos para nós, nossos filhos e as gerações futuras, precisamos ser atores ativos no processo. Na Economia, por exemplo, vejo que é preciso encontrar novas formas de empreender e criar soluções que possam proporcionar o trabalho, a criação de novos empregos e a garantia de renda para todos. Na Saúde, a atitude de cada um faz a diferença na pandemia que enfrentamos.

E na Política? Talvez essa seja a mais importante e difícil pergunta para nós atualmente. A velha estrutura utilizada no Brasil está muito mais preocupada com as eleições do que com o bem comum que pode ser prestado durante mandatos. É urgente rever de forma total esse modelo que é comprovadamente ineficiente. Os partidos, os políticos e as campanhas eleitorais andam num trilho que não acompanha as mudanças do novo mundo e da nova forma de viver e encarar a vida.

A sensação que se tem é que a Política é para uso exclusivo de políticos profissionais. A impressão é de que ela sempre estará reservada aos velhos caciques, às mesmas caras e aos seus sucessores de confiança escolhidos a dedo, quando estes não são da própria família, algo muito comum. Nas últimas eleições houve grande renovação das cadeiras, poucas vezes vistas. Mas essa novidade foi realmente efetiva para nós?

Podem até ter mudado as caras, mas pelo visto, o pensamento de sempre parece estar ainda mais forte e espalhado do que antes. Vejo gente pregando o racismo, o fascismo e a volta da Ditadura Militar. Também visualizo jovens pregando o extremo conservadorismo e se misturando com as velhas raposas em busca de cargos e poder fácil. Alguns são artistas que não sabem viver longe dos holofotes e só pensam em destruir seus adversários. Outros, agem nos bastidores e se mantêm.

Ainda é uma minoria o número de pessoas, de gente comum, que consegue se eleger e dar a sua parcela de contribuição. Mas isso não quer dizer que não possamos tomar uma iniciativa para inserir uma cultura totalmente nova neste sistema secular que mais tira o pão das nossas mesas do que coloca nelas. É por isso que convido você a se mobilizar e trabalhar para mudar a realidade da sua comunidade e da sua cidade. Porque, particularmente, não sei se consigo apenas pegar o meu celular e ficar filmando tudo isso. É hora de agir!

Jebert Nascimento é empresário, advogado, administrador e contador acreano

Redes sociais: @jebertnascimento

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