A Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Acre instaurou uma série de sindicâncias administrativas para apurar condutas funcionais envolvendo agentes, escrivães e servidores lotados em diversas unidades do estado. As investigações foram publicadas no Diário Oficial desta quinta-feira (29) e abrangem casos que vão desde faltas não justificadas até uso indevido de viaturas e ameaças a civis.
Entre os casos em apuração, há registros de servidores que não retornaram ao trabalho após o fim de afastamentos médicos, ausência em cursos obrigatórios, troca de plantões sem autorização superior e até negligência no atendimento ao público. Em uma das sindicâncias, um agente é acusado de ter usado viatura oficial para fins particulares na cidade de Plácido de Castro.
Em outro procedimento, uma escrivã é investigada por supostamente ter deixado de anexar uma fotografia a um inquérito da Delegacia da Mulher, alegando que a imagem não seria útil como prova. Há ainda um caso em que um servidor é acusado de ameaçar duas mulheres, o que pode configurar infração penal de menor potencial ofensivo.
As sindicâncias têm prazo inicial de 30 dias, podendo ser prorrogadas por igual período. A maioria dos procedimentos é conduzida por comissões compostas por agentes e escrivães nomeados pela Corregedoria.
As investigações reacendem o debate sobre a disciplina interna na corporação, as condições de trabalho e os mecanismos de controle e correção adotados pela instituição. Embora os fatos ainda estejam em apuração, a publicação simultânea de diversos procedimentos indica um esforço da Corregedoria em dar celeridade aos processos e manter a integridade da corporação.