O interesse por suplementos alimentares tem crescido cada vez mais entre os brasileiros. O Google Brasil registrou 188 milhões de pesquisas relacionadas a produtos do tipo, de acordo com levantamento feito pela Vitha, marca especializada em saúde e longevidade, divulgado nesta quarta-feira (20).
Os dados vão ao encontro das projeções do IMARC Group, que estima que o setor de suplementos alimentares deve crescer 10,7% até 2033, após ter atingido US$ 3,5 bilhões em 2024. Entre os termos mais pesquisados estão “suplemento de magnésio“, cuja procura saltou 235%, “glutamina em pó” (+30%) e “BCAA” (22%).
No entanto, apesar do alto interesse da população em complementar a dieta com nutrientes suplementados, muitas dúvidas ainda sondam os brasileiros. Segundo o levantamento da Vitha, os principais termos pesquisados sobre suplementos na internet são:
- “Suplementos alimentares fazem mal”
- “Tomar suplemento vencido faz mal”
- “Suplemento faz mal para os rins”
- “Tomar suplemento com remédio faz mal”
- “Excesso de suplemento faz mal”
- “Quem faz academia tem que tomar suplemento”
- “Suplemento alimentar faz engordar”
- “Tomar suplemento em jejum faz mal”
Para fazer o levantamento, foram consideradas pesquisas no Google realizadas por brasileiros durante os últimos doze meses. A investigação foi pautada pelas expressões “suplemento”, “suplemento alimentar” e os produtos mais consumidos, abrangendo todas as buscas relativas ao tópico nas cinco regiões nacionais. Em seguida, os termos mais pesquisados foram dispostos em um ranking baseado no volume total de buscas ao longo do último ano.
Mas, afinal, suplementos fazem mal? E quem deve tomar?
Os suplementos, quando consumidos com indicação médica/nutricional e nas quantidades adequadas para necessidades individuais, não fazem mal e podem ser alternativas para pessoas com deficiências nutricionais. No entanto, o uso indiscriminado pode levar à hipervitaminose e trazer riscos à saúde.
A hipervitaminose acontece quando o corpo acumula quantidades excessivas de determinadas vitaminas, especialmente as lipossolúveis (A, D, E e K), que não são eliminadas com facilidade pelo organismo.
“Os riscos incluem danos aos órgãos, como fígado e rins, além de reações adversas, como distúrbios gastrointestinais e problemas neurológicos. Por exemplo, a hipervitaminose A pode levar à hepatotoxicidade e ao aumento da pressão intracraniana”, explica Gabriela Amaral, nutricionista esportiva, em matéria publicada anteriormente na CNN. O risco também existe para quem consume os produtos fora do prazo de validade.
Em relação à indicação, nem toda pessoa que frequenta a academia ou pratica esportes precisa de suplementação. Isso pode depender das necessidades individuais. Por isso, é fundamental consultar um profissional de saúde antes de iniciar a suplementação.
Além disso, os suplementos não devem substituir uma alimentação saudável, mas sim complementá-la. A dieta também deve estar adequada aos objetivos, como ganho de massa, perda de gordura ou aumento da resistência.