Sindmed faz live com secretários sobre tratamento precoce contra Covid-19

O Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) proporcionou nesta quarta-feira (8) uma reunião de médicos de renome nacional e internacional com secretários municipais de Saúde para debater o plano de tratamento precoce como alternativa ao combate ao coronavírus (Covid-19). A videoconferência já estava agendada com os gestores pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), reunião denominada Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que permitiu a participação dos especialistas.

Médicos como Luciana Cruz, Roberto Zeballos, Pedromar Valadares, Vania Brilhante, entre outros, apresentaram experiências em estados como Pará e Amapá para reverter o colapso causado pelo novo coronavírus.

Os médicos que formam uma frente nacional de defesa do tratamento precoce como forma de evitar a evolução da Covid-19 para fases mais agressivas apresentaram dados e compartilharam experiências com os gestores acreanos.

O secretário de Saúde do Acre, Alysson Bestene, agradeceu o empenho do Sindmed-AC em somar forças com a gestão para ajudar o Acre a vencer o caos instalado pelo novo coronavírus e frisou que receber o auxílio de profissionais de outros estados, que reverteram a situação de colapso, é extremamente importante.

A primeira-secretária do Sindmed-AC, Jacqueline Fecury, abriu a reunião agradecendo o auxílio dos profissionais de outros estados e frisou a importância da junção de forças para enfrentar o momento crítico.

“Nós, do sindicato, estamos em uma luta árdua contra a Covid-19. Estamos lutando e juntando forças para que, junto com a gestão, Sindmed/AC e CRM/AC, consigamos nos blindar dessa doença”, disse a sindicalista.

Jacqueline Fecury também defendeu a importância do tratamento precoce para evitar que a Covid-19 faça mais vítimas.

“Sabemos da importância do trabalho de vocês, feito em nível ambulatorial, para que a doença não chegue às fases de necessidade de UTI, pois os riscos de óbitos são grandes nesta fase”, diz.

O médico Pedromar Valadares, do Comitê de Enfrentamento a Covid-19 no Amapá, afirmou que a ideia da reunião foi compartilhar a experiência e ajudar a salvar mais vidas.

“Estamos juntos nesta guerra e é bom podermos compartilhar um pouco da nossa experiência do Amapá, que tem dado certo na fase inicial da doença. Adotamos o protocolo de tratamento na fase inicial e com base em um estudo independente vimos que podemos evitar que a doença avance se tratarmos na primeira fase. O Protocolo de atendimento precoce somando ao isolamento ocupa um vazio no combate a esta guerra. Locais onde revertam os índices foram os que entenderam a importância do tratamento precoce”, afirmou Pedromar Valadares.

O médico imunologista Roberto Zeballos frisou a rapidez com que a doença avança e a importância que o tratamento chegue ao paciente o mais rápido possível.

“O vírus replica muito rápido. O tratamento precoce é o que estamos trabalhando agora. Se a gente implantar o tratamento precoce não dou um mês para isto sumir do nosso país”, salientou.

Carlos Wizard, empreendedor social e defensor do tratamento precoce como forma de salvar vidas, parabenizou os acreanos por estarem buscando uma saída viável para a crise e disse que confia que a mudança de cenário acontecerá com o tratamento precoce.

“Confiamos que vamos mudar a história do Acre no combate a Covid-19. Quero parabenizar por estarem adotando o protocolo do tratamento precoce. Daqui duas ou três semanas teremos um cenário diferente no Acre”, diz.

Luciana Cruz, que atuou no enfrentamento do colapso no Pará, destacou a importância do protocolo medicamentoso na fase precoce e relatou um pouco da experiencia vivida em Belém.

“Foi uma tragédia, um cenário apocalíptico porque não tinha sequer uma cadeira para colocar um paciente. Passamos a adotar o tratamento precoce. Houve uma coalização para adotarmos o tratamento precoce com atendimento de mais de mil pessoas por dia, onde os pacientes com sintomas já saiam das unidades com os kits de medicamentos”, conta.

Vania Brilhante, da Unimed Belém, contou a experiência da rede particular e da importância de adotarem o tratamento na fase inicial.

“Na última semana de abril vivemos a fase crítica e foi quando mudamos a nossa estratégia e passamos a fornecer medicamentos da atenção básica, atendimento drive thru e na Policlínica”, relatou.

A reunião foi encerrada com os agradecimentos ao Sindmed pela iniciativa do secretário Alysson Bestene e da secretária de Saúde de Rio Branco, Jesuíta Arruda.

“Quero agradecer ao Sindmed através da doutora Jacqueline e dizer que todas as falas nos encheram de ideias que iremos implementar”, garantiu.

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