Sargento Adonis vence debate entre candidatos a prefeito de Cruzeiro do Sul

O debate entre os três candidatos que disputam a prefeitura de Cruzeiro do Sul ofereceu um espetáculo à parte entre os concorrentes do MDB, Fagner Sales, e Zequinha Lima, do PP. Os dois só faltaram meter o dedo no olho de cada um e passaram os três últimos blocos do programa trocando acusações sobre quem seria mais ou menos honesto e menos fujão em relação ao tempo em que era um dos gestores da prefeitura.

Enquanto os dois brigavam, Sargento Adonis aproveitava para falar de propostas. Logo no início do programa, ele anunciou que, com ajuda do deputado federal, de Alan Rick (DEM) e outros membros da bancada federal, vai investir, já no primeiro ano de sua gestão, pelo menos R$ 8 milhões num programa de habitação popular, construindo casas para quem mora em áreas de riscos. “Infelizmente, há pelo menos duas mil pessoas vivendo nessas condições em nossa cidade e nós vamos combater isso”, garantiu.

O debate foi realizado no início da tarde desta quarta-feira (11), na TV Juruá, afiliada do SBT em Cruzeiro do Sul. As ruas nas imediações da sede da emissora tiveram que ser interditadas pelo policiamento de trânsito porque foram tomadas pelas torcidas dos candidatos, portando bandeiras. Apesar da tensão no local, não foram registrados incidentes. Dentro da emissora, no debate propriamente dito, também não.

Debate: apesar do sorriso, Zequinha e Fagner foram na ‘jugular’ um do outro/Foto: Ascom

No início do debate, no primeiro bloco tudo foi normal. Jornalistas da emissora, em perguntas previamente gravadas, com temas específicos, fizeram perguntas aos candidatos. Nos blocos seguintes, o debate prosseguiu em tom de agressividade entre Fagner Sales e Zequinha Lima. O candidato do PP, sempre que teve oportunidade, estocou Fagner Sales a respeito dos problemas judiciais e policiais envolvendo a família Sales.

A partir do bloco de temas livres, quando os candidatos poderiam fazer perguntas entre si, os dois foram na jugular um do outro. Zequinha Lima chegou a perguntar a Fagner Sales como ele poderia ser prefeito da cidade se há uma medida cautelar da Justiça proibindo-o de entrar no prédio da prefeitura. Fagner Sales, no momento da réplica, negou a acusação e aproveitou para acusar Zequinha Lima de envolvimento nos escândalos de Ilderlei Cordeiro, com a empresa CBCN, que teria desviado R$ 30 milhões de recursos públicos destinados a um programa de coleta e reciclagem de lixo.

“Seu sentimento de sindicalista não aflorou quando servidores da empresa foram demitidos, sem o pagamento de direitos. Eu vi trabalhadores chorando, enquanto o senhor se escondia”, acusou Sales.

Foi o suficiente para que Zequinha desse o troco. “Minha família é ficha limpa. Meu pai, minha mãe e meus irmãos nunca foram abordados pela polícia e, como eu, também são fichas limpa”, disse o candidato do Progressista, em referência às batidas da Polícia Federal na casa dos Sales.

Fagner deu o troco dizendo que Zequinha Lima quer dar uma de honesto, mas tem seu fiador de campanha, o deputado Nicolau Júnior, afastado das funções por ordem judicial, por irregularidades na Assembleia Legislativa. A mãe do candidato do MDB, deputada Antonia Sales, também está arrolada no mesmo processo, mas não houve tempo para que Zequinha voltasse ao tema.

Momento de tensão envolvendo o candidato Sargento Adonis ocorreu quando este disse ter sido criticado ao longo da campanha pelos dois adversários por não ter experiência política e administrativa. Adonis disse que o tipo de experiência dos dois candidatos adversários ele não queria ter. “O que eu quero é resgatar a autoestima das pessoas e alavancar a nossa economia”, acrescentou.

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