Se imaginarmos uma região onde a força do dinheiro e a política do compadrio sempre deram a tônica. Se imaginarmos um neófito na política partidária, que tem apenas dois singelos partidos lhe apoiando, e essa candidatura, que praticamente não possui estrutura, está disputando de igual para igual com concorrentes poderosos, não será exagero chamar o candidato a prefeito de Cruzeiro do Sul, Sargento Adonis, de fenômeno.
Nesse fim de semana, o prefeiturável levou a sua mensagem para os moradores das vilas Assis Brasil e Lagoinha, localidades onde as políticas públicas são praticamente ausentes.
“O Adonis pode ser o Romeu Zema do Juruá, ou seja, um candidato vitorioso e que quebrou paradigmas”, assim analisa o presidente da PSL, Pedro Valério, para quem os demais candidatos não possuem luzes próprias. “Um se agarra na família e o outro no governador, ou seja, os nossos concorrentes são órfãos de personalidade”.
Enquanto os analistas não interpretam o ‘fenômeno político’ do Vale do Juruá, o candidato prefere ser cauteloso: “O que existe é um sentimento de indignação com as velhas e nefastas práticas políticas. Essa candidatura não é minha, do PSL ou do Democratas. Virou uma causa da sociedade”, disse Sargento Adonis, que, além de ser carregado no final dos comícios, também está sendo chamado de libertador.
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Com uma boa formação acadêmica, o militar se emancipou muito jovem para montar o seu primeiro negócio. “Só existe uma forma de consertar Cruzeiro do Sul, e isso se dá pela via política. Não teremos mudanças se não nos envolvermos. Hoje, temos uma situação em que uma parte da sociedade produz, paga impostos e gera emprego e renda. E os políticos? Estes apenas gastam e desviam os nossos recursos”, criticou o candidato, conclamando a população para votar no 17, argumentando que ele representa a verdadeira mudança.