Levantamento feito pelo UOL mostra que os grandes rivais nas eleições de 2018, PT e PSL, são, neste ano, aliados em pelo menos 89 candidaturas pelo país. Em quatro delas, um dos dois partidos encabeça a coligação. No Acre, porém, as duas siglas seguem em campos opostos.
Consultado sobre o assunto, o presidente regional do PSL, Pedro Valério, afirmou à reportagem do oacreagora.com, na manhã deste sábado (26), que as coalizões com o PT são vedadas pelo estatuto da agremiação.
Em Rodrigues Alves, mesmo ante a insistência de um pré-candidato do PSL, a direção decidiu que não haveria acordo com o PT. “Nós não nos aliamos ao PT nem para ganhar a Presidência da República”, frisou Valério.
Segundo ele, o programa do partido proíbe coligação com partidos que dão sustentação a governos bolivarianos e a ditatoriais.
“Os diretórios municipais que se aliaram ao PT terão sérios problemas com a executiva nacional”, garantiu.
Até ontem (25), de acordo com o UOL, eram três as chapas lideradas pela antiga legenda de Jair Bolsonaro (sem partido) e uma pela sigla do ex-presidente Lula (PT). As outras 85 têm outros partidos como líderes na chapa.
O levantamento foi feito a partir de dados parciais do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O que significa que o apoio entre PT e PSL pode ser maior, já que os partidos têm até este sábado (26) para registrarem as candidaturas.
No Acre, enfatizou Pedro Valério, a união das duas legendas está fora de cogitação.
“Nossa postura aqui é de total fidelidade aos preceitos do nosso estatuto. Essencialmente porque, além disso, os 20 anos de Florestania fizeram com que o estado crescesse como rabo de cavalo, em direção ao chão. Os 20 anos de Florestania nos deixaram como herança as facções criminosas. Foi a única herança [deixada pelos governos do PT]. Isso não pode ser esquecido jamais”, concluiu.