Polícia indicia motorista por atropelar motoboy que teve perna arrancada

A Delegacia da 4ª Regional em Rio Branco, no Conjunto Tucumã, indiciou o empresário Caio Henrique Oliveira Poersch, responsável por atingir o motociclista Renan Felipe Bezerra da Silva em um acidente no final de julho, resultando na amputação de uma perna da vítima. O indiciamento foi realizado por lesão corporal culposa, conforme o artigo 303 do Código de Trânsito Brasileiro.

O acidente aconteceu na rua Rio de Janeiro, próximo ao Cemitério São João Batista. O carro conduzido por Poersch invadiu a contramão e atingiu de frente a motocicleta em que estava Renan e outra pessoa. Com o impacto, Renan teve a perna esquerda arrancada e o garupa foi arremessado para cima de um canteiro de obras próximo ao local.

A decisão revela que Poersch dirigia acima da velocidade permitida na via, ferindo quatro pessoas no total. Além do motociclista, ficaram feridos o passageiro que Silva levava e um casal de estudantes que estava em um carro atingido pelo empresário.

O indiciamento destaca que, de acordo com a investigação, o veículo era conduzido de forma irregular, indo em sentido contrário ao tráfego e provocando o acidente. O limite de velocidade na via é de 40 km/h, conforme laudo pericial, mas Poersch estava a 53 km/h ao colidir com a motocicleta.

O inquérito salienta que as diligências constataram o “comportamento irregular do condutor” como fator determinante do acidente. O exame de corpo de delito de Renan concluiu que houve ofensa à integridade física, resultando na inutilização do membro inferior esquerdo.

A investigação revelou que Poersch estava com a CNH vencida desde 2021 e possui um extenso histórico de infrações e multas por estacionamento em locais proibidos, vagas reservadas para idosos, desrespeito ao estacionamento rotativo e estacionamento no passeio.

Segundo o G1, a defesa de Poersch afirmou que a conclusão do inquérito é parte do trâmite normal do procedimento investigativo. O advogado Mário Rosas ressaltou que seu cliente agiu com solidariedade e empatia desde o início do processo, priorizando o cuidado com a saúde de Renan. Sobre as multas citadas, alegou que são de outro estado, utilizadas por amigos do empresário durante férias, e estão em processo de recurso. A defesa também contestou a informação sobre a CNH vencida, afirmando que foi um equívoco, pois consta na perícia que a CNH estaria válida e em dia.

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