O Comando da Polícia Militar do Acre expulsou nesta quinta-feira (22) quatro membros da corporação acusados de envolvimento na morte do radiologista Magdiel Wellington Chaves, de 28 anos. O caso ocorreu no município de Capixaba, em abril de 2014. A decisão de excluir os militares se deu por determinação judicial.
Segundo as portarias publicadas nesta quinta, o processo foi transitado em julgado, o que significa não haver possiblidade de recurso.
Foram excluídos da PM o sargento José Lopes Pereira e os soldados Jocélio de Souza Brito, José Andrias de Araújo Pereira e Anderson Roberto Abreu Pinho.
Em 2018, os quatro foram a júri popular e condenados a 13 anos e seis meses de prisão cada um, em regime inicial fechado.
“Foi demonstrado que os réus agiram com violência demasiada, produzindo o resultado morte, decorrente do traumatismo craniano gerado pelos chutes que sofreu na região da cabeça. (…)”, anotou a juíza Louise Santana, à época.
Relembre o caso
O radiologista Magdiel Wellington Chaves bebia com um vizinho em frente à casa onde morava quando, no dia 23 de abril de 2014, saiu para consertar a bateria do carro. Ele foi perseguido pela polícia porque, segundo a família, dirigia o veículo com habilitação vencida.
A família afirma que Magdiel foi espancado dentro de casa no bairro Quixadá Amorim. Ele chegou a ser encaminhado ao hospital, mas não resistiu. Os laudos da morte apontaram agressões físicas.
Ainda segundo a família da vítima, os PMs não prestaram socorro ao radiologista, que só foi colocado na carroceria da viatura quando os moradores começaram e filmar a cena.