Com a suspensão do julgamento do governador Gladson Cameli, por decisão da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Nancy Andrighi, a Polícia Federal se pronunciou sobre a decisão.
Em nota enviada à imprensa nesta sexta-feira (9), a PF afirma ter feito “um trabalho isento e imparcial” sobre os fatos investigados na Operação Ptolomeu.
O texto ressalta ainda que “a investigação foi concluída e encaminhada ao Poder Judiciário”, e que por isso não cabe mais manifestações neste momento sobre o processo.
“Qualquer decisão do Poder Judiciário será cumprida, em respeito ao devido processo legal”, disse trecho da nota.
Leia a nota
A Polícia Federal reafirma que, nesta ou em qualquer outra investigação, realizou um trabalho isento e imparcial na busca dos fatos.
A investigação foi concluída e enviada ao judiciário, de modo que não cabe mais a esta instituição policial qualquer manifestação neste momento do processo.
No mais, qualquer decisão do poder judiciário será cumprida, em respeito ao devido processo legal.
Entenda o caso
A ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou a suspensão do prazo para apresentação da defesa do governador Gladson Cameli (Progressistas), no caso ligado à Operação Ptolomeu.
Segundo a decisão, até o momento, o Ministério Público Federal (MPF) não apresentou as provas contra o governador.
“Isso mostra que o pedido de afastamento do governador foi precipitado e desnecessário”, afirma Pedro Ivo Velloso, um dos advogados de Cameli.
A decisão do STJ foi tomada em resposta a uma petição protocolada pelos advogados de Cameli junto à Corte de Justiça. Eles solicitaram a suspensão imediata do prazo para a apresentação da resposta à denúncia até que seja incluída nos autos a totalidade das provas – e suas respectivas fontes – que embasam a acusação contra o governador.
Entre os argumentos dos advogados de Cameli está o fato de que a denúncia apresentada contra ele se baseia essencialmente em supostas capturas de tela de conversas de celular retiradas dos relatórios de análise da polícia judiciária (RAPJ), elaborados a partir da análise do conteúdo dos dispositivos móveis apreendidos durante a Operação Ptolomeu, autorizada pelo STJ.