PF prende no AC ‘coiote’ que tentava entrar no país com 10 imigrantes ilegais

A Polícia Federal prendeu em flagrante, neste sábado (10), um homem com nacionalidades libanesa e egípcia acusado de promoção de migração ilegal. Ele viajava com cerca de 10 pessoas, sendo nove provenientes do Iêmen e um da Síria.  

Segundo a PF, uma denúncia anônima possibilitou a prisão do acusado, feita durante uma barreira policial montada pelos agentes em Epitaciolândia. O denunciante havia informado que o grupo havia se hospedado com as vítimas em um hotel de Brasileia.

Em depoimento à polícia, os estrangeiros revelaram ter chegado ao Brasil por uma rota que passa pelo Equador, Colômbia, Panamá e Peru. Eles disseram ter fugido da guerra buscar refúgio para começar uma nova vida. Também foram relatadas diversas violações de direitos que sofreram ao longo do percurso.

Os imigrantes passaram pelo município de Iñapari, no Peru, tendo cruzado a fronteira com o município de Assis Brasil. Sua intenção era chegar a Rio Branco e obter um voo com destino a São Paulo, onde pretendiam se estabelecer em definitivo.

Apreensões

Foram apreendidos 12 aparelhos celulares de propriedade dos imigrantes e do suposto coiote. Os aparelhos serão objeto de perícia para extração de dados e aprofundamento das investigações. Com isso a PF espera elucidar as rotas para contrabando de migrantes que os coiotes estão se utilizando no momento, principalmente após a pandemia por Covid-19. O advento da doença fechou as fronteiras e modificou a dinâmica do fluxo migratório.

Segundo a assessoria de imprensa da PF no estado, o apoio da Interpol e a colaboração da Adidância da Polícia de Imigração e Alfândega da Homeland Security Investigations (HSI), do governo americano, foram essenciais para a identificação do coiote e do trajeto percorrido pelo grupo até chegar ao Brasil.

Assis Brasil, segundo a PF, é uma das principais portas de entrada de imigrantes ilegais no país, com a atuação frequente de coiotes na região.

Os coiotes são responsáveis por conduzir ou promovem os meios para que imigrantes cruzem as fronteiras de um país de forma clandestina, mediante pagamento por seus serviços. A pena por esse crime pode chegar a mais de cinco anos de prisão em regime fechado, de acordo com a Polícia Federal.

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