Uma barreira sanitária montada no Rio Campina, na região do município amazonense de Ipixuna, tem inviabilizado a atividade dos pescadores da região de Cruzeiro do Sul. O período de 15 dias em que eles precisam ficar de quarentena antes de ser liberados para suas atividades na região é a principal queixa de quem vive da pesca no Juruá.
Nesta segunda-feira (6), membros da Colônia de Pescadores de Cruzeiro do Sul se reuniram para determinar as medidas a serem tomadas contra a decisão da prefeitura da cidade vizinha. Uma das possibilidades aventadas é exigir do prefeito Ilderlei Cordeiro o mesmo tratamento aos moradores de Ipixuna.
Segundo o presidente da entidade, o vereador Elenildo da Pesca (Progressistas), o comércio dos ipixunenses é completamente dependente de Cruzeiro do Sul.
“Para entrar no rio em Ipixuna amargamos 15 dias na barreira sanitária. E eles, ao virem para cá, entram e saem quando bem entendem”, afirmou Elenildo.
Na última sexta-feira (3), a Secretaria de Saúde do Amazonas registrava 5 casos confirmados de coronavírus no município. Ipixuna tem uma população estimada em 29,6 mil pessoas, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatítisca).
Atualização às 7h54:
A prefeita de Maria do Socorro de Paula Oliveira (PSDB), após contato com os pescadores cruzeirenses, voltou atrás em sua decisão de mantê-los 15 dias ‘presos’ na barreira sanitária. A informação foi confirmada por Elenildo no começo da manhã desta terça-feira (7).