Para ler na quarentena: baixe grátis um empolgante romance sobre a Amazônia

O jornalista Archibaldo Antunes, editor do oacreagora.com, acaba de disponibilizar para download o romance Amazônia dos Brabos. Publicado em 2007 pela gráfica do Senado Federal, o livro conta a saga de João Gabriel de Carvalho e Mello, o desbravador do Acre. Outros personagens reais perpassam a obra, entre os quais Luiz Galvez e Plácido de Castro.

Antunes afirma que o romance consumiu mais de um ano de sua vida em pesquisas e outros 18 meses para ser escrito.

Desde que foi publicado, a partir de uma iniciativa do ex-senador Geraldinho Mesquita, a obra só podia ser adquirida nos sites Clube de Autores e Amazon. Os cinco mil exemplares impressos em Brasília foram doados a escolas, bibliotecas, amigos e conhecidos do autor.

“Resolvi, mais uma vez, compartilhar com todos os acreanos que se orgulham de sua história”, afirmou ele.

Radicado no Acre desde 1999, Archibaldo Antunes se iniciou no jornalismo aos 16 anos de idade (atualmente ele está com 47). Por aqui trabalhou nos principais jornais impressos, em emissoras de rádio e também na TV.

A obra pode ser baixada em formato PDF clicando aqui.

Confira a seguir um trecho de Amazônia dos Brabos:   

“Voltou a pensar na mãe agachada junto à brasa do fogão, dessa vez repartindo em porções iguais o arroz que apenas lhes enganava a fome. Via nos olhos da velha a desesperança de viver daquele jeito, feito um bicho que nem comer direito podia, um bicho que servia para ouvir desaforo de Salustiano e de noite gemer enquanto os meninos fingiam dormir.

Por isso a revolta de um dos irmãos, que vivia de levar violentas surras do pai. Outro bicho, o irmão, só que indomável mesmo ao peso de açoites diários, descomunais. Um bicho que não tinha o olhar espichado da mãe, mas faiscante do fogo que queimava feito coisa ruim dentro do peito.

No início não entendia como o irmão podia apanhar tanto, o couro das costas marcado das muitas lapadas, um dia prostrado no chão da cozinha pela surra de vara, mas impossível de se conter nas artes do cão. Revolta, compreendia agora João Gabriel. Revolta daquela vida de privações, quando a apenas algumas léguas dali havia quem vivesse melhor do que a maioria”.

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