Operação da PF que mira PSOL no Acre foi motivada por denúncia de militante

A ‘Operação Citricultor’, deflagrada nesta terça-feira (30) pela Polícia Federal contra filiados do PSOL no estado, foi resultado de uma denúncia feita por uma militante do partido. A informação foi dada em coletiva de imprensa, por meio de videoconferência, pelo delegado responsável pela operação, Pedro Ivo Mendes.  

Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e um mandado de medidas cautelares diversas da prisão. O pedido de prisão havia sido feito, mas reformulado pela Justiça devido ao momento de pandemia.

São investigadas possíveis práticas de crime eleitoral, entre eles associação criminosa, apropriação indébita, desvio de recursos eleitorais, fraude na prestação de contas (caixa dois eleitoral) e lavagem de dinheiro, além de coação no curso do processo

A PF não descarta que a operação possa ter desdobramentos futuros, inclusive com foco em outros partidos que incidiram na mesma prática.

Segundo a assessoria de imprensa no órgão, 68 policiais participaram das ações desta terça, que resultou na condução de uma pessoa para à sede da PF. Rio Branco e Rodrigues Alves foram os alvos dos agentes. Estão sendo realizadas oitivas de testemunhas e de investigados.

De acordo com a PF, membros do diretório estadual do PSOL teriam ocultado, disfarçado e omitido movimentações de recursos financeiros oriundos do Fundo Eleitoral, especialmente os destinados às candidaturas de mulheres. Durante o curso das investigações, teriam, ainda, coagido testemunhas, usando de violência e grave ameaça.

Não foram revelados os nomes dos envolvidos, sob o argumento de que as investigações ainda estão em curso.

A superintendente da PF no Acre, delegada Diana Calazans Mann, e a delegada Larissa Magalhães Nascimento também participaram da videoconferência.

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