Marcio Bittar critica obras do PT e pede ação sobre pontes em risco no Acre

O risco de colapso em três pontes no Acre levou o senador Marcio Bittar (União Brasil) a exigir respostas do Conselho Regional de Engenharia do Acre (Crea-AC). Ele questiona a segurança estrutural e a responsabilidade técnica das obras, realizadas durante os governos do Partido dos Trabalhadores (PT) no estado.

Entre as estruturas apontadas estão as pontes sobre o Rio Tarauacá, o Rio Caeté, em Sena Madureira, e a passarela Joaquim Macedo, em Rio Branco. A ponte sobre o Rio Caeté é a que apresenta a situação mais grave, com interdição iminente e possibilidade de demolição.

Em conversa com O Acre Agora nesta quarta-feira (15), o senador alertou para os impactos desse cenário, que pode obrigar o retorno ao uso de balsas para transporte na BR-364, crucial para o abastecimento de municípios do Vale do Juruá.

“Como não previram isso?”, questiona

O senador rejeitou justificativas baseadas em mudanças no solo. “A ciência da engenharia prevê essas condições. Como não previram isso? Por que pontes construídas em outros períodos permanecem intactas?”, questionou.

Ele associou os problemas estruturais ao período de 20 anos de gestão do PT no estado e destacou a atuação de Marcus Alexandre, engenheiro responsável por muitas das obras enquanto presidia o Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre).

Obras sob suspeita

A ponte sobre o Rio Caeté foi inaugurada em 25 de junho de 2008, durante o governo de Binho Marques (PT). Na época, seu custo foi de R$ 10 milhões. Atualizado pela Calculadora do Cidadão do Banco Central, esse valor equivaleria hoje a R$ 30,5 milhões. Construída pela Construtora Cidade em apenas 210 dias, a obra representou um marco para a abertura da BR-364 entre Sena Madureira e Cruzeiro do Sul

Responsabilidade técnica

Bittar cobrou investigações sobre o papel do Crea-AC e dos responsáveis técnicos pelas obras, afirmando que a questão não era política, mas sim de responsabilizar aqueles que aprovaram e executaram construções em locais inadequados ou sem o planejamento técnico necessário. Ele também comparou os problemas no Acre a projetos internacionais bem-sucedidos, como os de Dubai, onde cidades inteiras foram erguidas sobre o deserto com engenharia avançada. O senador concluiu dizendo que, enquanto bilhões foram gastos no Acre em obras que não duraram duas décadas, pontes construídas nos anos 1970 ainda permanecem em uso, necessitando apenas de reparos pontuais.

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