Jovens mortos com requintes de crueldade foram julgados pelo ‘tribunal do crime’

A Polícia Civil do Acre confirmou que os dois corpos encontrados na tarde desta quarta-feira (29), numa área de mata no bairro Cruzeirão, em Cruzeiro do Sul, foram vítimas de execuções praticadas por uma facção criminosa, que os teria condenado à morte após “julgamentos” internos. As vítimas são Rian Barroso de Brito, de 24 anos, e Thiago Silva.

Segundo as investigações, Tiago foi o primeiro a desaparecer, entre os dias 22 e 23 de maio. Ele teria sido acusado de furtar fios de cobre e um aparelho de ar-condicionado de um posto de saúde. Já Rian desapareceu no dia 27 e, conforme apurado, teria sido acusado — sem comprovação até o momento — de abusar sexualmente de uma criança. Ambos foram executados com extrema violência, incluindo marteladas, degola e remoção do coração.

As vítimas foram enterradas em covas rasas. Câmeras de segurança e ações coordenadas do Núcleo de Investigação Criminal (NEIC) permitiram localizar os corpos e prender três suspeitos, sendo dois adolescentes e um adulto, que foi autuado em flagrante e encaminhado ao presídio da cidade. Os menores serão apresentados ao Ministério Público para aplicação de medidas socioeducativas.

Apesar de ambas as vítimas serem homossexuais, a Polícia Civil descarta motivação por homofobia. “A questão da homossexualidade deles não tem ligação com os crimes. Foram julgados e condenados pela facção por outras supostas ações”, declarou o delegado Heverton Carvalho.

O caso ganhou repercussão nacional após a revista Fórum divulgar a brutalidade das execuções, destacando que os jovens foram encontrados com os corações arrancados — o que foi confirmado oficialmente pela polícia.

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