O prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro (PP), ainda não honrou a dívida de R$ 15 mil contraída com os integrantes do Circo Broadway, de Minas Gerais, que foram surpreendidos pela pandemia de coronavírus em sua passagem pelo município. Contratados pela prefeitura para fazer esquetes nas ruas, alertando os moradores para o perigo da doença, os artistas denunciam o calote dado por Ilderlei.      

Abrigadas na rodoviária da cidade, as famílias circenses somam 13 adultos e 15 crianças. A população do município é que os tem socorrido nesse momento de dificuldades.    

Tendo começado a trabalhar no dia 31 de março para a prefeitura, eles firmaram convênio de três meses com o município, no valor de R$ 5 mil mensais, num total de R$ 15 mil.

O acordo previa o ressarcimento das despesas com combustível, o que também não foi feito. Sempre que procurado pelo diretor do circo, Robert Ramito, o prefeito repete que tem tentando conseguir ajuda de amigos para quitar a dívida.

No começo de maio, a situação de penúria dos artistas em Cruzeiro do Sul levou o ex-integrante do programa Global Os Trapalhões, Dedé Santana, a gravar um vídeo com apelo ao governador Gladson Cameli em favor dos colegas de profissão.   

Nada foi feito, porém.

As sérias privações por que passam os membros do Circo Broadway parecem longe de terminar. No mês passado, eles disseram à imprensa que para conseguir o dinheiro necessário à viagem de volta a Minas Gerais, tentam vender um veículo modelo Camaro, avaliado em R$ 112 mil. Mas, conforme ressaltou Ramito, trata-se de um momento delicado da economia, e a transação ainda pode demorar.

A reportagem do oacreagora.com tentou falar com Ilderlei Cordeiro por meio do telefone da prefeitura de Cruzeiro. As chamadas foram feitas para o número 3322-2427. Ninguém atendeu.