O excesso de gastos do governo Gladson Cameli com a folha de pessoal acaba de causar duplo prejuízo aos acreanos: o estado do Acre está impossibilitado de celebrar convênios com a União para receber recursos extraorçamentários. O impedimento vetou o repasse de R$ 22 milhões, oriundos do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), que deveriam ser destinados à pavimentação de rodovias. O dinheiro havia sido garantido por intervenção do senador Marcio Bittar (MDB-AC). 

Nesta segunda-feira (7), a assessoria de Bittar confirmou a impossibilidade de o governo receber os recursos, bem como o motivo da retenção.

Em despacho datado do 4 de dezembro, a Advocacia Geral da União manifestou-se contrária ao repasse, orientando ainda que a regra seja adotada por todos os órgãos do governo federal. E ressaltou que os estados que não apresentam regularidade fiscal fiquem impedidos de captar recursos extraordinários na União, salvo os que se destinarem ao combate da pandemia de coronavírus. 

“Em que pese o governo estar trabalhando para regularizar a situação, não haverá tempo hábil. E para não perdermos os recursos, terei que redirecionar os R$ 22 milhões para algum município do estado”, disse Bittar.