Funcionários dos Correios ameaçam fazer greve após ‘corte de direitos’

Os trabalhadores dos Correios podem decidir nesta terça-feira (4), em assembleia geral, pela deflagração de greve depois da retirada de direitos trabalhistas, sem respeitar a pauta de julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF). A proposta é cruzar os braços a partir das 22h do dia 17.

A postura de radicalizar foi pautada no descumprimento da sentença normativa firmada junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), em processo provocado pela direção da empresa, o que havia garantido os direitos da categoria por dois anos. Para tentar eliminar todos os direitos, os representantes da estatal buscaram o STF, com isso o processo será julgado entre os dias 14 e 21.

Mesmo existindo processo pautado no Supremo Tribunal Federal, a direção da empresa se antecipou e, de forma administrativa, tornou sem efeito o acordo, desrespeitando a Justiça e podendo causar danos aos Correios. A presidente do Sindicato dos Trabalhados dos Correios e Telégrafos do Acre (Sintect-AC), Suzy Cristiny, repudiou a atitude tomada pelos Correios e alerta que a gestão está tomando “medida imprudente e arbitrária”.

“A direção da empresa se utiliza de entendimento próprio, pois como é sabido a vigência da sentença normativa será escopo do julgamento do pleno do STF, entre os dias 14 a 21 de agosto de 2020. Desta maneira, a retirada de garantias da sentença normativa, antes do julgamento do STF, se configura medida imprudente e arbitrária, com intuito claro de intimidar os trabalhadores e desrespeita o próprio Judiciário, colocando-se acima da Justiça”, protestou a sindicalista.

A mobilização é nacional e a expectativa é a adesão de toda a classe até o dia 18.

Desde o fim de 2019, a classe busca a manutenção do atual acordo, que possui 79 cláusulas. Suzy reforça ainda que todas as normas trabalhistas possuem vigência até 2021. “Travamos mais essa batalha para que a nossa classe não passe por uma desvalorização ainda maior. Tudo isso é estratégia para que a empresa seja privatizada, um plano forte e que ganhou ainda mais corpo neste governo. A paralisação é uma realidade muito próxima”.

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