O plenário do Senado Federal deu o sinal verde nesta quarta-feira (13) à indicação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF). O processo, que exigia o apoio de pelo menos 41 senadores, culminou em um debate acalorado sobre as convicções políticas dos representantes, destacando as divergências ideológicas entre os parlamentares.

Marcio Bittar (UB) explicou seu voto contrário à indicação, ressaltando a incompatibilidade ideológica: “Nós dois [se referindo a Dino] estamos em campos diferentes. Não é possível alguém não levar consigo as suas convicções, as suas ideologias para aonde vai. O Supremo vota e se debruça sobre matérias que têm fundo ideológico. O marco temporal tem fundo ideológico, por exemplo. Eu não posso acatar a indicação do presidente da República. Então, eu não vou poder lhe acompanhar. Não é nada pessoal, são posições políticas diferentes”, enfatizou.

Alan Rick (UB) também foi contrário à indicação. “Estamos em campos políticos opostos. Sou um senador de direita e busco ser justo. E o homem não se separa de suas convicções, a não ser que se arrependa delas. Já me manifestei, nas minhas redes sociais, contrário ao ministro Dino, reitero isso aqui”, afirmou.

Por outro lado, o senador Sergio Petecão (PSD) destacou a amizade com Flávio Dino e sua visão positiva sobre a indicação: “Dino é meu amigo e uma ótima indicação para o cargo. Tem meu apoio e meu voto. O STF precisa de uma pessoa técnica, idônea, justa e democrática. Ele tem todas essas características e, principalmente, notório saber jurídico”, afirmou.