Familiares do produtor rural Tiago da Silva Simão, de 26 anos, contestaram a versão do diretor-geral do Pronto Socorro de Rio Branco, Areski Penische, segundo a qual a retirada de um dreno torácico teria sido a causa da protelação da cirurgia a que o paciente necessita ser submetido. Tiago aguarda a intervenção cirúrgica há 34 dias em um leito do PS.
Em nota enviada ao site oacreagora.com nesta quinta-feira (3), Penische afirmou que o dreno teria sido removido há 13 dias, quando o agricultor teria passado então a integrar a fila de espera de cirurgia da unidade. Ainda de acordo com o texto, o caso não seria de ‘urgência ou emergência’, mesmo o paciente estando com o fêmur, joelho, clavícula e braço direito quebrados.
A irmã de Tiago enviou à reportagem um laudo médico que comprovaria a retirada do dreno no dia 4 de novembro. E também questionou a afirmação do diretor de que não faltaria paracetamol na unidade. O remédio tem sido utilizado em substituição à Dipirona, depois que o paciente apresentou alergia à medicação.
Uma nota fiscal, também enviada ao site, comprova que o paracetamol precisou ser comprado algumas horas depois de o diretor-geral ter declarado que o medicamento estaria disponível na farmácia do Pronto Socorro.
Quanto à demora no procedimento cirúrgico, a família reiterou que os médicos afirmam não haver material necessário para a intervenção.