Além da exoneração do Governo, onde desempenhava função no Instituto de Previdência do Acre, o servidor público Ruy Birico enfrentará uma investigação do Ministério Público do Acre (MPAC) por ter divulgado áudios no WhatsApp dizendo que iria “abrir o bucho” de comunistas com uma faca.

A promotora Rita de Cássia atendeu a um pedido de um grupo de políticos de esquerda que alegaram incitação à violência na fala de Birico. Entre eles estavam os deputados estaduais Edvaldo Magalhães (PCdoB), Daniel Zen (PT), Jonas Lima e Jenilson Leite (PSB). Também esteve presente o ex-vereador e presidente estadual do PCdoB, Eduardo Farias.

Nos áudios, Birico diz: “vocês estão sendo vigiados, comunistas que esmagaram o povo do Acre, que saquearam tudo. Não tem como fugir mais não, canalhas! Meus irmãos patriotas, a hora é essa: ou viver na Pátria amada ou morrer pelo Brasil! Vamos para cima! Vamos começar a fazer punhal de mola de fusca, que não quebra e nem entorta, porque os comunistas têm o couro duro. Abrir o bucho dos comunistas porque eles são comunistas, tem o couro duro. Só punhal de mola de fusca, meus irmãos! Não vamos deixar nenhum fugir, dessa vez”, disse.

Pelas redes sociais, Edvaldo Magalhães escreveu:

“Estive agora à tarde na sede do Ministério Público do Acre para pedir investigação contra as ameaças feitas pelo bolsonarista Ruy Birico. Fomos recebidos e acolhidos pela procuradora-geral adjunta Rita de Cássia, que diante dos relatos e da documentação comprobatória apresentada, já de antemão, anunciou que abrirá o procedimento, como é de praxe quando o Ministério Público toma conhecimento de um episódio tão grave. Nós estamos confiantes de que haverá desdobramentos”.