Estelionatário que aplicou golpe até no pai é condenado a 37 anos de prisão no Acre

Leonardo Oliveira da Silva, mais conhecido como Leo Trader, foi condenado a 37 anos e cinco meses de prisão pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco. O julgamento, ocorrido em 22 de maio, concluiu que Leonardo cometeu 25 estelionatos por meio de um esquema de pirâmide financeira no Acre.

Posando como agente financeiro da XP Investimentos S/A, uma das maiores corretoras independentes do Brasil, Leo aplicou golpes que resultaram em prejuízos superiores a R$ 5 milhões. As vítimas incluíam seu próprio pai, amigos íntimos da família e até delegados de polícia no Acre.

Em sua defesa, Leonardo alegou que havia investido o dinheiro das vítimas em uma corretora imobiliária que posteriormente declarou falência. No entanto, ele não apresentou provas que corroborassem essa versão.

“O acusado passou a ostentar uma vida de gastos elevados, com grande movimentação de dinheiro, viagens luxuosas frequentes, constantes trocas de carros e aparelhos celulares, demonstrando sua má-fé e vontade de auferir vantagem indevida em face das vítimas, para sustentar seu estilo de vida”, afirmou o magistrado em sua sentença.

A defesa do réu tentou garantir que Leonardo pudesse recorrer em liberdade, mas o pedido foi negado pelo juízo.

Entenda o caso

Leonardo Oliveira da Silva, conhecido como Leo Trader, foi preso em Vitória da Conquista, na Bahia. Ele ganhou notoriedade como estelionatário ao aplicar golpes em pirâmide financeira no Acre, com investigações revelando um prejuízo total de R$ 28 milhões.

De acordo com o inquérito, Leo enganou pelo menos 50 pessoas no Acre, apresentando-se falsamente como investidor da XP Investimentos. A maioria dos casos foi denunciada na Delegacia de Polícia Civil do Tucumã, que solicitou um mandado de prisão preventiva. As investigações indicam que Leo agia desde 2021 no estado, e uma das vítimas lesadas pode ter sido seu próprio pai.

O mandado de prisão foi expedido pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco e cumprido pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) da Bahia.

Segundo a Polícia, a quantia milionária será depositada em uma conta judicial e ficará à disposição da Justiça para possível reparação dos prejuízos causados às vítimas.

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