Discriminação e intolerância: estamos mesmo no século XXI?

Vivemos dias difíceis por causa das diferenças entre as pessoas, a falta de respeito pelo ser como ele é (características físicas, ideologias políticas, classe social e profissão), polarizações de ideias e até opiniões individuais. São tempos sombrios, onde muitas pessoas tentam impor a própria visão de mundo sobre as demais e reverberam sem timidez ou medo de consequências as atitudes que, na maioria das ocasiões, são crimes previstos em diversas leis e na própria Constituição.

Nas últimas semanas, vi um desembargador humilhando um agente de fiscalização que multava o homem por estar caminhando sem máscara na rua, policiais dos grandes centros do país cometendo atrocidades por aversão a pretos e pobres, além de outras tristes situações. Novamente presenciei, assim como você, uma nova atitude horrível. Sim, aquele “cidadão de posses” descontrolado usando todo seu ódio em um jovem trabalhador, tudo pela situação financeira e cor.

Impossível ficar calado diante desse e de tantos absurdos que presenciamos dia após dia. Cada vez mais as pessoas mostram que a discriminação e intolerância ganham espaço e voz com amplo apoio de uma parcela que parece não possuir caráter. Mesmo com as leis, os criminosos – munidos de dinheiro, status e poder – ficam impunes. Precisamos agir, nem que seja indo às ruas, reivindicar a punição para essas pessoas. Já passou da hora de agirmos de forma direta para mudar esta realidade.

Como se já não bastassem as brigas e intrigas sobre futebol, religião e política, somos obrigados a conviver com a discriminação e intolerância de uma meia dúzia. Infelizmente, a maioria das pessoas ainda ficam caladas quando presenciam xingamentos e atos discriminatórios causados por causa da cor da pele, sexualidade, classe social e ideologias. É um absurdo! O que define o caráter e a índole de uma pessoa são suas ações e não uma posição social, raça, gênero e crenças.

Existem muitos que se acham melhores que outros. Para mim, pessoas assim são pobres de espírito, tolas, sem discernimento e muito menos empatia. Tenho certeza que homens e mulheres honrados, dignos e resilientes podem mudar todo esse cenário em uma cidade, estado e até mesmo um país. Vamos começar com pequenas ações como amor ao próximo, boa convivência com a nossa própria família, ciclo de amigos e como cidadãos inseridos em uma sociedade livre e plural.

Jebert Nascimento é empresário, advogado, administrador e contador acreano

Redes sociais: @jebertnascimento

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