Desrespeito e manipulação na política salarial dos Policiais Penais

No cenário atual do Estado do Acre, uma sombra de desrespeito e manipulação paira sobre a categoria dos servidores públicos, especialmente aqueles ligados à administração pública direta da Polícia Penal e indireta do Iapen. O governo estadual adota medidas questionáveis, como a imposição do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) unificado, que se revela não apenas inconstitucional, mas também um instrumento de atraso deliberado no pleno funcionamento da Polícia Penal.

A imposição do PCCR Unificado

Ao impor o PCCR unificado, o governo do Estado do Acre lança mão de uma estratégia duvidosa, que visa amalgamar servidores públicos de diferentes esferas administrativas, sem considerar as nuances e especificidades de cada categoria. Essa imposição não apenas desconsidera os direitos trabalhistas fundamentais, mas também desrespeita a autonomia e a dignidade dos servidores públicos.

A tentativa de unificar os PCCRs, ignorando as demandas específicas da Polícia Penal, evidencia um descompasso entre as decisões governamentais e as reais necessidades dos profissionais que atuam na linha de frente da segurança pública. Essa atitude unilateral revela um desdém preocupante pela valorização e pelo reconhecimento do trabalho desses servidores, que merecem ser tratados com respeito e consideração.

Estratégias de manipulação e desmoralização da categoria

Além da imposição arbitrária do PCCR unificado, o governo do Estado do Acre adota estratégias questionáveis para minar a representatividade e a liderança da categoria. Ao perceber a aceitação passiva da imposição por parte dos servidores, o governo passa a desmoralizar a atual diretoria do Sindicato dos Policiais Penais (Sindapen), negando-lhes informações transparentes sobre a tabela salarial e os reajustes previstos.

Essa tática de desmoralização e falta de diálogo demonstra um desinteresse genuíno em promover um ambiente de negociação justo e equilibrado entre o governo e os servidores. A ausência de transparência e o descaso com as demandas legítimas da categoria revelam uma postura autoritária e desrespeitosa, que mina a confiança e a credibilidade nas relações laborais.

A Hora da categoria agir com sabedoria e resistência

Diante desse cenário de imposições unilaterais e estratégias questionáveis, é chegada a hora da categoria dos servidores públicos da Polícia Penal agir com sabedoria e resistência. É fundamental reconhecer as artimanhas do governo em atrasar e desvalorizar os profissionais que zelam pela segurança da sociedade acreana.

A estratégia do governo em prolongar indefinidamente as negociações, visando impor uma escolha injusta entre aceitar suas condições ou enfrentar o vazio, é uma clara tentativa de enfraquecer a luta coletiva dos servidores. Nesse contexto, a união e a mobilização da categoria tornam-se essenciais para reverter esse quadro de desrespeito e manipulação.

Em defesa dos direitos e da dignidade dos Policiais Penais 

As práticas adotadas pelo governo do Estado do Acre em relação à política salarial dos servidores públicos da Polícia Penal revelam um profundo desrespeito pelas garantias trabalhistas, pela autonomia sindical e pela dignidade dos profissionais. É imperativo que a categoria se mantenha unida, informada e engajada na defesa de seus direitos e na busca por uma negociação justa e transparente.

A resistência pacífica, porém firme, é a chave para superar as adversidades impostas e reafirmar a importância e o valor do trabalho dos servidores públicos. O momento é de solidariedade, cooperação e determinação para construir um ambiente de trabalho digno, justo e respeitoso para todos os envolvidos na esforço para garantir a segurança e o bem-estar da sociedade. A categoria dos servidores públicos da Polícia Penal merece ser tratada com respeito, valorização e reconhecimento pela sua dedicação e compromisso com a justiça e a ordem pública.

É fundamental que os servidores permaneçam vigilantes, organizados e engajados em suas reivindicações, buscando o diálogo construtivo e a negociação justa com as autoridades competentes. A transparência, a ética e o respeito mútuo devem nortear qualquer processo de tomada de decisão que afete diretamente a vida e o trabalho dos profissionais de segurança pública.

Nesse sentido, a união da categoria em torno de objetivos comuns, como a valorização profissional, a melhoria das condições de trabalho e a garantia de evolução digna, é essencial para fortalecer a voz dos servidores e promover mudanças positivas no cenário político e laboral do Estado do Estado Acre.

A luta por justiça, equidade e respeito no ambiente de trabalho não deve ser encarada como um obstáculo, mas sim como uma oportunidade para fortalecer os laços de solidariedade e cooperação entre os servidores públicos da Polícia Penal. Somente por meio da união e da ação coletiva é possível superar os desafios e alcançar conquistas significativas em prol de uma sociedade mais justa e igualitária para todos.

A voz dos servidores públicos é poderosa e deve ser ouvida com atenção e respeito pelas autoridades responsáveis. A defesa dos direitos trabalhistas, da dignidade profissional e do bem-estar dos servidores não é apenas uma questão de justiça, mas também um pilar fundamental para a construção de uma sociedade mais justa, solidária e democrática.

Portanto, diante das adversidades e desafios impostos pelo governo do Estado do Acre, a categoria dos servidores públicos da Polícia Penal deve permanecer unida, determinada e comprometida com a defesa de seus direitos e interesses legítimos. A força da coletividade é o caminho para alcançar a valorização e o reconhecimento que cada servidor público merece em sua jornada de serviço à comunidade acreana.

*Adriano Marques de Almeida é Comissário de Polícia Penal do Estado do Acre, Membro da Associação Internacional de Polícia – IPA, Doutorando em Ciências Jurídicas pela Faculdade do Museu Social da Argentina, Master of Business Administration – MBA em Diplomacia, Políticas Públicas e Cooperação Internacional pela Faculdade Intervale, Master of Business Administration – MBA em Compliance, Governança e Controles pela Faculdade Intervale, Master of Business Administration – MBA em Gestão Comercial, Negociação e Inteligência de Mercado pela Faculdade Intervale, Master of Business Administration – MBA em Administração Pública pela Faculdade Facuminas, Master of Business Administration – MBA em Gestão da Educação a Distância pela Faculdade Facuminas, especialista em Advocacia Trabalhista e Previdenciária pela Faculdade Intervale, especialista em Crime Scene Ivestigation – CSI pela Faculdade Faculeste, especialista em Inteligência Policial, Direito, Segurança Pública e Organismo Policial pela Faculdade Iguaçu, especialista em Direito Penal e Processual Penal com Habilitação em Docência no Ensino Superior pela Faculdade Facuminas, Tecnólogo em Segurança Pública e Privada pela Faculdade Faclife e Bacharel em Direito pela Uninorte.

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