Ao menos 210 mil alunos universitários, de instituições como Universidade de Brasília (UnB) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), estão ou terão as aulas suspensas na tentativa de contenção do novo coronavírus. Em geral, a medida deve durar de três a 15 dias e é tida como prevenção. Entre as instituições que optaram por suspender as atividades estão também a Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
No Rio de Janeiro, a UFF adiou o início do período letivo, que seria na segunda-feira (16), para a outra semana. A instituição tem cerca de 50 mil alunos divididos por seus campi, que estão em nove municípios do estado.
A UFRJ, a maior federal do país, havia, inicialmente, suspendido temporariamente apenas as atividades extracurriculares. No início da tarde desta sexta-feira, a instituição anunciou a suspensão das aulas por 15 dias. Cerca de 60 mil alunos, entre graduação e pós-graduação, serão atingidos pela medida.
Também nesta sexta -feira, a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) suspendeu as atividades acadêmicas presenciais até dia 30. Um documento da universidade sobre o assunto determina, entre outros pontos, a suspensão de eventos; a paralisação do Restaurante-Escola, das cantinas e do transporte.
A UnB, que tem cerca de 50 mil alunos – 38.654 de graduação, 8.818 de pós-graduação e aproximadamente 5.600 ingressantes no primeiro semestre de 2020 -, suspendeu as aulas presenciais. A decisão é seguindo o decreto nº 40.509, de 11 de março, publicado pelo governador do distrito Federal, Ibanês Rocha. O decreto suspendeu aulas nas redes pública e privada do DF e restringiu outras aglomerações, com o propósito de conter o novo coronavírus (Covid-19).
As atividades na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) estão suspensas a partir desta sexta até 29 de março. De acordo com a instituição, serão mantidas apenas atividades essenciais, como a do Hospital das Clínicas. A instituição tem 34 mil alunos entre a graduação e pós-graduação. A universidade de São Paulo (USP) mantem as atividades acadêmicas normalmente.
As universidades onde as atividades foram mantidas normalmente alegaram que essa situação está em análise e que pode mudar.