O governador Gladson Cameli não toma jeito. Dias atrás protagonizou um vexame ao dizer que vestiria saia se não inaugurasse a ponte do Sibéria, em Xapuri. E ontem (18) tratou de dizer desaforos ao prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, na frente do presidente da República.
Não é preciso repetir o que disse Sua Excelência no evento armado para a autoridade maior do país. Todos viram o vídeo – ou pelo menos dele souberam por terceiros. Não se falava em outra coisa em Rio Branco nesta sexta-feira – e imagino que nos municípios do interior o mesmo tenha ocorrido. Nos grupos do WhatsApp, o assunto era um só: a desfeita que o governador fez ao ilustre visitante.
Pelo descaramento da resposta de Cameli, ficou claro o que lhe foi sussurrado por Bocalom. A questão, ali, foi a resposta em público ao que se ouviu no particular. A questão, aqui, é que faltam freios ao desenfreado governante.
Outrora cogitei que o comportamento destrambelhado de Gladson decorria de sua péssima assessoria. Mudei de ideia – não quanto à qualidade de seus assessores, que reputo ruins, mas sobre a incapacidade de qualquer pessoa, por mais qualificada e bem intencionada que seja, de lhe opor resistência aos arroubos.
Só há um jeito de pôr fim aos rompantes de Gladson. E a chance de fazer isso está logo ali, em outubro.