Enquanto países ocidentais têm mais apreço por treinos intensos, como os de musculação, o Japão valoriza atividades físicas mais simples, como a caminhada. A modalidade conhecida como caminhada intervalada ou caminhada japonesa, por exemplo, foca no bem-estar e na constância.
Em relação a termos técnicos, a caminhada japonesa não deixa de ser uma caminhada comum. No entanto, seus grandes diferenciais estão na forma que é praticada, sempre em espaços ao ar livre, procurando uma conexão com a natureza. O exercício também é realizado em tempo menor, de até 30 minutos, mas em uma intensidade maior.
Para começar a caminhada japonesa é simples, basta caminhar tranquilamente de três a cinco minutos. Em seguida, faça uma corrida de moderada a intensa na mesma duração do tempo anterior. Tudo isso deve ser realizado em 30 minutos, completando cinco ciclos de variação de ritmo. Antes do fim, caminhe e respire lentamente para a recuperação do corpo.
“Ao estar em contato com o ar livre e com a natureza, essa caminhada também traz muitos benefícios para a saúde mental. Tradicionalmente, os japoneses buscam esse equilíbrio em contato com ambientes naturais”, destaca o educador físico Daniel Santos, da Academia Dstak, em Brasília.
Principais benefícios da caminhada japonesa
- Saúde cardiovascular: melhora a circulação sanguínea, fortalece o coração e aumenta o condicionamento físico.
- Saúde mental: o contato com ambientes naturais e técnicas de respiração ajudam a reduzir o estresse e a ansiedade, promovendo equilíbrio emocional.
- Postura e flexibilidade: por ter enfoque na postura, a caminhada melhora a postura corporal e previne dores.
- Controle de doenças: a prática auxilia no controle de peso, diminuindo os riscos da diabetes, pressão alta e colesterol alto.
- Alta eficiência em pouco tempo: as variedades de intensidade promovem um gasto calórico elevado em sessões curtas de treino.
Pela abordagem mais natural, a caminhada japonesa ajuda na motivação das pessoas que buscam mais do que apenas praticar exercícios físicos. “A inclusão de técnicas de respiração e relaxamento pode tornar a experiência mais agradável e eficaz para alguns praticantes”, explica o educador físico Augusto Olivieri, que atua em Brasília.
No entanto, para funcionar, a modalidade deve ser praticada diariamente, sendo acompanhada de uma rotina alimentar saudável, além de um acompanhamento profissional para evitar lesões.