O ex-prefeito de Rio Branco Raimundo Angelim (PT) reiterou nesta quarta-feira (4), ao site oacreagora.com, sua intenção de não disputar as eleições para a prefeitura de Rio Branco. Ele diz ter fixado residência em Brasília a fim de acompanhar a vida acadêmica das filhas. “Não tenho nenhuma intenção de concorrer”, enfatizou.

Angelim terá um encontro na próxima sexta-feira (6) com o presidente da executiva estadual do partido, Cesário Campelo Braga. E deverá apresentar as razões pelas quais haverá de declinar de um possível convite.

Por outro lado, Cesário afirmou à reportagem que a direção da sigla tem ouvido seus principais representantes políticos no que chamou de ‘processo de construção’ de uma possível candidatura à prefeitura da capital.

“Mas não descartamos aliança com a prefeita Socorro Neri, de cujo partido aguardamos uma resposta à nossa intenção de sentar para conversar”, pontuou.

Sobre o silêncio à ‘provocação’ feita pela direção do PT, Cesário afirma esperar, em breve, um aceno da prefeita do PSB. “Seria até uma deselegância não nos dar uma resposta, o que não combina com os modos sempre gentis de Socorro Neri”, acrescentou.

O impasse na aliança política capitaneada pela prefeita retarda definições sobre a escolha de um nome nas hostes petistas. “Antes de tomarmos uma decisão, precisamos ouvi-la”, afirmou.

Mas ainda que pairem mais dúvidas do que certezas entre os companheiros, eles se mostram bem menos pessimistas do que no período pós-eleitoral de 2018, quando o partido foi quase reduzido a pó nos âmbitos nacional e local.

“O antipetismo persiste, mas em proporções menores do que após os resultados das eleições de 2018”, argumenta o dirigente.

Para Cesário Braga, os erros e indefinições do governo Gladson Cameli, bem como a falta de respostas de Bolsonaro aos anseios dos brasileiros, têm embalado o ressurgimento da sigla.

“Como exemplo disso posso citar algumas candidaturas a prefeito no interior, que se consolidam cada dia mais”, concluiu.