A Justiça acreana decidiu reduzir de 21 anos e dois meses para 19 anos e quatro meses a sentença de um pai acusado de estuprar a filha na cidade de Acrelândia (AC). Os abusos foram praticados entre 2002 e 2013, quando a vítima tinha 6 anos de idade. Segundo ela, os atos libidinosos passaram para estupro entre 2008 e 2009.

Em apelação contra a sentença da 2ª Vara da Infância e Juventude da Comarca de Rio Branco, o acusado conseguiu a redução de pena. Ele nega o crime.

A vítima contou para uma colega de escola que era ameaçada para que não denunciasse o pai. A amiga revelou para a mãe ao chegar em casa, e esta, por sua vez, procurou uma assistente social, que chamou a polícia.

Na apelação, o acusado alegou ter recebido uma carta da filha em que ela supostamente afirma ter feito a denúncia sob influência de terceiros.

Mas o relator do caso, desembargador Luis Camolez, desconsiderou a argumentação do acusado, afirmando que a condenação não se baseou apenas no depoimento da vítima, “mas em um conjunto probatório que inclui os depoimentos judiciais de várias testemunhas”.