Enquanto o Brasil registra taxa de desemprego em patamar historicamente baixo, com recorde de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, o Acre enfrenta um cenário menos otimista. No primeiro trimestre de 2025, a taxa de desocupação no estado subiu para 8,2%, atingindo cerca de 30 mil pessoas fora do mercado de trabalho.
O dado representa uma alta em relação ao último trimestre de 2024, quando o índice havia recuado para 7,3%. Ainda assim, o número é levemente inferior aos 8,9% registrados no mesmo período do ano passado. A situação evidencia uma oscilação no mercado de trabalho acreano, que segue acima da média nacional.
No Brasil, a taxa de desemprego ficou em 6,6% no trimestre encerrado em abril, resultado abaixo do esperado pelo mercado e o menor para o período desde o início da série histórica em 2012. Um total de 103,2 milhões de brasileiros estavam ocupados no período, com crescimento tanto na ocupação formal quanto na renda média.
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado brasileiro chegou a 39,6 milhões — o maior já registrado. Já os trabalhadores sem carteira caíram para 13,6 milhões, indicando uma formalização crescente no mercado. No Acre, também houve avanço: o número de trabalhadores com carteira assinada subiu para 91 mil, com crescimento expressivo nas áreas de serviços e indústria.
Ainda assim, o desemprego no estado segue acima da média nacional, reforçando os desafios locais na geração de emprego estável. Apesar da elevação recente, a ocupação total no Acre cresceu em 25 mil pessoas em relação ao mesmo período de 2024, o que demonstra algum fôlego na economia regional.
Especialistas apontam que, embora o mercado de trabalho brasileiro deva seguir aquecido ao longo do ano, há expectativa de deterioração gradual devido à desaceleração da economia. Esse movimento pode afetar com mais intensidade estados que já enfrentam dificuldades estruturais, como o Acre.