O Acre não foge à regra global quando se trata da proporção entre homens e mulheres contaminados pelo coronavírus: elas lideram em número de infecções, mas são eles que formam o maior contingente de vítimas fatais.
Boletim divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), da Secretaria de Saúde do Estado (Sesacre), mostra que das 823 mortes contabilizadas até agora no Acre, 497 (60,4%) ocorreram entre pessoas do sexo masculino e 326 (39,6%) no sexo feminino.
Mas é entre elas que ocorre a maior incidência de registros positivos da doença: as acreanas lideram os casos confirmados na proporção de 54,2% contra 45,8% dos homens, segundo a Sesacre.
E apesar de o maior número de mortes ocorrer entre grupos que apresentam comorbidades (que vem a ser associação de duas ou mais doenças ao mesmo tempo em um paciente), já são 4 os casos de óbito entre crianças menores de 1 ano; um entre crianças de 1 a 9 anos; e 5 mortes entre aquelas de 10 a 19 anos.
Alguns municípios também se destacam no boletim em relação a outros devido à grande incidência de casos (veja tabela abaixo).
Como exemplos podemos citar Brasileia (1.361 registros confirmados), Mâncio Lima (1.325), Tarauacá (2.877) e Sena Madureira (2.718).
Confrontados esses números com o de habitantes de cada uma das cidades citadas, teremos as seguintes proporções de pessoas contaminadas: Brasileia 6,36%, Mâncio Lima 8,71%; Tarauacá 8,08%; e Sena Madureira 7,14%.
Para se ter uma ideia do percentual de infectados na maior cidade do Acre, Rio Branco registra 5,85% do total de sua população infectada até o momento pela Covid-19.
Não dá para culpar o Poder Público municipal pela disseminação da doença. Mas é óbvio que o empenho das prefeituras na contenção da pandemia tem reflexos no total de infectados.