Acre: força de trabalho em crescimento, mas baixa ocupação

Neste 1º de Maio, os números revelam uma realidade ambígua no Acre: enquanto o estado está entre os que mais crescem em população apta ao trabalho, ainda enfrenta dificuldades para absorver essa mão de obra no mercado formal.

Segundo o IBGE, a taxa média de desemprego no estado em 2024 foi de 6,4%, a menor desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012. Apesar da melhora, o nível de ocupação — proporção da população com 14 anos ou mais que está efetivamente trabalhando — foi de apenas 48,7%, um dos menores do país. Isso mostra que muitos continuam fora do mercado, seja por desalento, informalidade ou falta de oportunidades.

Ao mesmo tempo, um levantamento do Centro de Liderança Pública (CLP) coloca o Acre como o quarto estado com maior crescimento projetado da População em Idade Ativa (PIA) para os próximos dez anos. Com taxa média de 1,44% ao ano, o estado fica atrás apenas de Roraima, Amazonas e Pará. Esse dado indica que a juventude acreana seguirá crescendo — e exigirá respostas.

A combinação entre uma força de trabalho jovem e taxas ainda baixas de ocupação sugere um paradoxo: temos gente para trabalhar, mas faltam empregos de qualidade.

Neste Dia do Trabalho, o dado é claro: o desafio do Acre não é apenas gerar empregos — é garantir que eles estejam à altura do potencial de uma juventude que ainda precisa se capacitar para o mercado.

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