O Acre continua liderando o ranking dos estados com a maior proporção de sua população vivendo na pobreza, com 51,6%. É o que revela a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o levantamento, a pobreza diminuiu em 25 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2023, representando 96% das Unidades Federativas. Isso significa que o Acre é o único estado brasileiro onde a pobreza aumentou – 2,2% de acordo com a pesquisa.

Esses dados foram compilados pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), vinculado à Secretaria de Estado de Economia e Planejamento (SEP) do Espírito Santo. Para elaborar o ranking, foram considerados critérios como os definidos pelo Banco Mundial para pobreza e extrema pobreza (renda diária de até US$ 6,85 e US$ 2,15 por pessoa, respectivamente).

Além disso, o Acre também possui a maior média de extrema pobreza do país, com 13,2% da população nessa situação.

Em nível nacional, o estudo revelou que 27,5% da população brasileira estava abaixo da linha de pobreza em 2023, o menor índice desde o início da série histórica em 2012.

Esses números já eram conhecidos desde maio do ano anterior, quando o IBGE divulgou dados sobre a população vivendo na linha da pobreza no país, com 439.783 acreanos incluídos nessa estatística.

O critério do IBGE para definir pessoas em situação de pobreza é uma renda mensal de até R$ 665,02, enquanto para extrema pobreza é uma renda de até R$ 208,73 por mês.

A situação financeira das pessoas está diretamente ligada à qualidade de vida, e o Acre é um dos estados com piores indicadores nesse aspecto. De acordo com dados reunidos do Atlas do Desenvolvimento Humano/PNUD Brasil 2021, do IBGE e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública 2022, o estado ocupa a 18ª posição em qualidade de vida, considerando índices de desenvolvimento, expectativa de vida, educação, renda média per capita, desemprego e taxa de homicídios por 100 mil habitantes.