A importância da inclusão feminina em lideranças corporativas

A importância da inclusão feminina em lideranças corporativas
FreePik

A importância da inclusão feminina em lideranças corporativas

As mulheres estão cada vez mais presentes no mercado de trabalho, no entanto, ainda representam uma pequena parcela dos cargos de liderança nas empresas. Não é suficiente as empresas contratarem mulheres em grandes quantidades, enquanto o conselho executivo é formado apenas por homens, a diversidade deve estar presente em todos níveis da empresa, não apenas nas postagens da corporação.

Entre no  canal do iG Delas no Telegram e fique por dentro de todas as notícias sobre beleza, moda, comportamento, sexo e muito mais! 

Os esforços para promover a inclusão nas empresas é efetivo, porém, deve ser melhor executado e ter propósito. Para se ter uma ideia, uma pesquisa feita pela Grant Thornton mostrou que as mulheres ocupam apenas 38% dos cargos de liderança em empresas, evidenciando a necessidade de inserir vozes femininas no comando das empresas que ditam a economia brasileira. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 63% dos cargos gerenciais são ocupados por homens. As mulheres atuam somente em 37%.

Com isso em mente, Carolina Guimarães, COO e Co-Founder da Worverse, uma startup que transforma a jornada de admissão e onboarding de novos colaboradores por meio de uma experiência imersiva e gamificada, acredita que existem inúmeros obstáculos para a ascensão de mulheres no mercado. “Por mais que seja visível o movimento de desconstrução do machismo, nós mulheres sabemos que ainda existem inúmeras barreiras para alcançarmos uma posição estratégica. Estar imersa em ambientes organizacionais onde a dinâmica de gênero não é pensada, só reforça o preconceito e dificuldade de ascensão feminina na carreira”, indica.

Os desafios a serem superados

O começo da solução está em incentivar organicamente a inclusão de mulheres nos cargos altos de empresas e que mulheres se apoiem em um cenário tão competitivo. “Entendo que o caminho mais efetivo é promover ambientes cada vez mais diversos e com canais abertos de comunicação. Ter o intuito de buscar promover a igualdade de verdade. Misturar perfis, gêneros, localidades, preferências, a diversidade nos levará a superar esses preconceitos. Penso que estimular o convívio reflexivo do time também seja um ponto importante, para que diante de qualquer situação suspeita, se perceba, se questione, se entenda e não se leve adiante replicações preconceituosas e machistas da sociedade em que estamos inseridas”, explica Carolina.

Por isso, é importante criar uma rede de apoio e inspiração mútua entre mulheres. “Além de forças femininas super importantes do meu convívio familiar, como minha esposa, mãe, avó e tias. Também tenho como inspiração as mulheres que estão presentes no meu dia a dia corporativo: as desenvolvedoras, gestoras, e designers da Workverse, as mulheres líderes das grandes entreprises em que atuamos. Juntas conseguimos estabelecer uma rede de sucesso para o resultado de cada projeto como também uma círculo de apoio e auto-inspiração”, mostra.

Os fatos são que é essencial que haja uma mudança nos processos atuais, com o intuito de dar mais voz às lideranças femininas. “A chave da transformação mais global das normas culturais, passa pela mudança do que é incentivado e cultivado em ambientes menores, como o meio corporativo. Nesse sentido, programas de formação e estímulo à capacitação feminina são extremamente relevantes para que possamos ter condições de aumentar a representatividade das mulheres em cargos de liderança”, revela Guimarães.

O caminho para o futuro

A base da melhoria da inclusão feminina nas empresas está na mudança do pensamento da sociedade, que ainda possui o machismo estrutural em si, especialmente em setores dominados por homens, como a engenharia e a tecnologia. “Apesar de estar mudando, o segmento de tecnologia ainda tem uma predominância de desenvolvedores homens. Para alterar essa realidade é preciso termos um número cada vez maior de mulheres desenvolvedoras, dessa forma, entendo que a transformação dessa realidade está muito relacionada com a etapa de formação e educação básica feminina. O foco está em aproximar as mulheres dos cursos de ciências da computação, tecnologia de sistemas, engenharias, e para isso, se faz necessário despertar e estimular a possibilidade dessa carreira nas estudantes do ensino fundamental e médio”, aconselha.

Uma das áreas que já tem predominância feminina e pode servir de exemplo para as demais são os Recursos Humanos, que possui 73% dos cargos de gerência do setor ocupados por mulheres, de acordo com uma pesquisa da empresa Bureau of Labor Stati. “Por sua essência, a área de recursos humanos demanda profissionais com destaque para habilidades de relacionamento, gerenciamento de conflitos e comunicação eficaz, e, historicamente, como essas são características atribuídas às mulheres, penso que existe uma tendência da presença feminina nessa área”, entende Guimarães.

Acompanhe também perfil geral do Portal iG no Telegram !

Além disso, ter uma maior diversidade no comando das empresas permite diferentes pontos de vista e visões para suas decisões estratégicas. “A sagacidade feminina me inspira. A sabedoria de saber ser suave quando é necessário suavidade, de firmeza quando é preciso rigidez, essa mistura e complexidade de atuação que acho admirável. Vejo que nós mulheres conseguimos compor bem 3 ingredientes importantes para uma liderança estratégica: 1 – a empatia, nos permitimos, mais facilmente que os homens, a compreender diferentes perspectivas e necessidades; 2 – A inovação, temos um olhar criativo para solucionar problemas e encontrar novas oportunidades; 3 – A resiliência, não desistimos fácil e isso inspira os outros a persistirem em meio a desafios”, finaliza Carolina Guimarães.

Fonte: IG Mulher

Gostou deste artigo?

Facebook
Twitter
Linkedin
WhatsApp

© COPYRIGHT O ACRE AGORA.COM – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. SITE DESENVOLVIDO POR R&D – DESIGN GRÁFICO E WEB