O consumo de cigarros não está atrelado somente ao câncer de pulmão. Cânceres de cavidade oral, esôfago, estômago, cólon e reto, laringe, colo do útero e bexiga também podem estar associados ao tabagismo. Um estudo da Fundação do Câncer revelou que mais da metade dos pacientes com algum desses tipos de câncer podem ir a óbito.
Esses tipos de tumores representam 17,2% dos novos diagnósticos estimados para 2024. A doença é a segunda maior causa de morte no Brasil, atrás somente de doenças cardiovasculares.
A seleção dos tumores foi baseada na magnitude da incidência da doença e na fração atribuível (FA) ao tabagismo. Embora as informações de prevalência do tabagismo utilizadas para o cálculo sejam de 2013, ainda são os números mais atuais disponíveis sobre o tema no país.
As análises foram estratificadas por regiões e por sexo. As taxas ajustadas por idade de incidência foram extraídas da Estimativa Nacional de Câncer, disponibilizada pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer). As taxas ajustadas por idade de mortalidade foram calculadas para os mesmos locais e períodos mencionados, com base nas informações do Atlas Online de Mortalidade 3. Ambas as taxas, de incidência e de mortalidade, são expressas por 100 mil habitantes.
A taxa de letalidade varia entre os tipos, destacando-se a do câncer de esôfago (80%). Alfredo Scaff, consultor médico da Fundação do Câncer, levanta algumas causas para uma letalidade tão alta.
“Uma questão é a agressividade da doença; o câncer de esôfago, por exemplo, é um câncer bastante agressivo, com uma evolução rápida. Uma outra questão é o tempo para o diagnóstico. Se você faz o diagnóstico no início da doença, o tratamento é muito menos agressivo e muito mais eficaz”.
Apesar dos cânceres citados não estarem necessariamente ligados ao uso do tabaco, este é um fator de risco e, somado a outros fatores ambientais, genéticos e de estilo de vida, pode ser causa da doença.
Os homens tendem a ter mais casos de câncer, o que é compatível com o fato de que eles fumam, em uma média global, quatro vezes mais que as mulheres, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde).
A Fundação do Câncer espera desestimular a população ao consumo do tabaco. “Nós precisamos continuar trabalhando para fazer com que as pessoas entendam os malefícios do tabagismo e reconheçam o cigarro como um dos principais causadores de doenças no ser humano”, diz Scaff.
O cenário fica ainda mais preocupante com a popularização dos cigarros eletrônicos, que têm feito especial sucesso entre adolescentes e jovens. Apesar dos produtos muitas vezes serem vendidos como menos maléficos para a saúde, e até como suporte para o abandono do cigarro tradicional, eles podem causar iguais ou mais prejuízos.
“Uma questão é a agressividade da doença; o câncer de esôfago, por exemplo, é um câncer bastante agressivo, com uma evolução rápida. Uma outra questão é o tempo para o diagnóstico. Se você faz o diagnóstico no início da doença, o tratamento é muito menos agressivo e muito mais eficaz”.
Apesar dos cânceres citados não estarem necessariamente ligados ao uso do tabaco, este é um fator de risco e, somado a outros fatores ambientais, genéticos e de estilo de vida, pode ser causa da doença.
Os homens tendem a ter mais casos de câncer, o que é compatível com o fato de que eles fumam, em uma média global, quatro vezes mais que as mulheres, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde).
A Fundação do Câncer espera desestimular a população ao consumo do tabaco. “Nós precisamos continuar trabalhando para fazer com que as pessoas entendam os malefícios do tabagismo e reconheçam o cigarro como um dos principais causadores de doenças no ser humano”, diz Scaff.
O cenário fica ainda mais preocupante com a popularização dos cigarros eletrônicos, que têm feito especial sucesso entre adolescentes e jovens. Apesar dos produtos muitas vezes serem vendidos como menos maléficos para a saúde, e até como suporte para o abandono do cigarro tradicional, eles podem causar iguais ou mais prejuízos.