A morte de João Vitor Borges, de 21 anos, pode estar relacionada a um vídeo que voltou a circular nas redes sociais após o crime. Nas imagens, ele aparece imobilizando um homem com um golpe mata-leão e segurando-o até a chegada da polícia, frustrando um suposto assalto.
Dias depois, no último sábado (8), João Vitor desapareceu. Seu corpo foi encontrado boiando no Rio Juruá na terça-feira (11), com as mãos amarradas para trás e marcas de facadas. A perícia concluiu que ele foi morto em outro local antes de ser desovado no rio.
A Polícia Civil prendeu três suspeitos pelo assassinato: Bruno Teixeira de Souza, Maria Francisca Fernandes de Lima e Gabriel Farias Cruz. Segundo as investigações, João Vitor foi atraído para uma emboscada por uma jovem que usou a confiança dele para entregá-lo ao chamado “tribunal do crime”, onde teria sido sentenciado à morte por uma facção criminosa. Um homem também foi preso por participação no homicídio.
Embora a motivação exata do crime não tenha sido divulgada, a polícia trabalha com a hipótese de que João Vitor tenha sido alvo do grupo criminoso por atitudes que desagradaram seus membros. O delegado responsável pelo caso, Heverton Carvalho, descarta qualquer relação entre o homicídio e uma briga que o jovem teve com uma vizinha dias antes do desaparecimento.
As investigações continuam, e a polícia acredita que pelo menos seis pessoas tenham participado da execução. Novas prisões podem ocorrer nos próximos dias.