A Ufac (Universidade Federal do Acre) deve mudar os nomes de prédios e blocos que homenageia pessoas ligadas à ditadura militar no Brasil, período que equivale ao regime vivido no país entre 1964 e 1985. A aprovação da mudança foi feita pelo Conselho Universitário nesta terça-feira (8).
Segundo a comissão, um levantamento chegou a 20 nomes que devem ser mudados: Áulio Gélio Alves de Souza (o único vivo), Geraldo Gurgel de Mesquita, Jorge Kalume, Francisco Wanderley Dantas, João de Mendonça Furtado, Omar Sabino de Paula, Rubem Carlos Ludwig, Joaquim Pessoa Igreja Lopes, Zaqueu Machado de Almeida, José Guiomard dos Santos, Edmundo Pinto de Almeida Neto, Joaquim Falcão de Macedo, Mário David Andreazza, Jarbas Passarinho, Euclydes de Oliveira Figueiredo, Sérgio Mário Pasquali, Edilberto Parigot de Souza Filho, Augusto Cézar Sá da Rocha Maia, Félix Bestene Neto e Esther de Figueiredo Ferraz.
A mudança será feita após uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), em fevereiro, que solicitou à reitoria a constituição de uma comissão técnica para retirar os nomes de pessoas ligadas direta ou indiretamente ao período de ditadura.
Em consonância ainda com os estudos e sugestões já apontados pela Comissão Especial – MPF/Ufac, recomenda-se a revisão urgente daqueles que afrontam a Lei nº. 6454, de 24 de outubro de 1977, no que trata de nomeações de pessoas vivas (considere-se, neste sentido, sujeitos que, não obstante falecidos atualmente, foram nomeados em vida)”, diz parte do relatório da comissão, que foi presidida pelo professor Francisco Bento da Silva.