A Universidade Federal do Acre (Ufac) publicou a primeira retificação do edital que trata do concurso público para cargos técnicos e de nível superior nos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul. A atualização traz mudanças no quadro de vagas, além de esclarecer as regras para reserva de cotas destinadas a candidatos pretos, pardos, indígenas e quilombolas.

Ao todo, são 32 vagas disponíveis com salários que podem ultrapassar R$ 4,9 mil, dependendo da função. As alterações seguem a nova Lei Federal nº 15.142/2025 e decretos publicados no fim de junho. Entre os principais pontos, está o aumento de vagas específicas para cotistas e a inclusão de novas exigências para a validação das autodeclarações.

As cotas foram organizadas da seguinte forma: 25% para candidatos pretos e pardos (PPP), 3% para indígenas (IND), 2% para quilombolas (QUI), além das vagas reservadas a pessoas com deficiência (PcD). O edital reforça que, caso obtenham nota suficiente, os candidatos das cotas também disputam as vagas da ampla concorrência.

A universidade anunciou que o processo de verificação das autodeclarações será rigoroso e realizado de forma telepresencial. Para os candidatos pretos e pardos, o novo termo usado será “confirmação complementar”, substituindo a nomenclatura “heteroidentificação”. A avaliação será feita por uma banca com cinco integrantes, com diversidade de gênero, cor e, sempre que possível, representatividade regional. A sessão será gravada e quem recusar a gravação será automaticamente desclassificado das cotas.

Candidatos indígenas e quilombolas precisarão apresentar documentação que comprove vínculo com o grupo étnico. Entre os documentos aceitos estão declarações de lideranças comunitárias, escolas indígenas, a Fundação Palmares e a Funai. Somente documentos legíveis e sem rasuras serão aceitos.

Quem não apresentar os documentos exigidos ou tiver a autodeclaração negada poderá continuar no concurso apenas na ampla concorrência, se tiver pontuação suficiente. A seleção será organizada pelo Instituto ACCESS.