A proposta de criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar possíveis irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ganhou fôlego no Congresso Nacional. Um grupo de parlamentares da oposição protocolou, na segunda-feira (12), o pedido para abertura da comissão, com foco em apurar fraudes envolvendo descontos indevidos em benefícios de aposentados.

O requerimento já conta com 259 assinaturas — 223 de deputados federais e 36 de senadores — superando o número mínimo necessário. Embora ainda não tenha sido formalizado no sistema do Congresso, o movimento conta com amplo apoio político, inclusive de parlamentares do Acre.

Na Câmara dos Deputados, quatro membros da bancada acreana aderiram à iniciativa: Socorro Neri (PP), Roberto Duarte (Republicanos), Coronel Ulysses (União Brasil) e Eduardo Velloso (União Brasil) assinaram o requerimento. Já os deputados Zé Adriano, Antônia Lúcia, Meire Serafim e Zezinho Barbary ainda não constam entre os signatários.

No Senado, o apoio foi unânime. Os três representantes do Acre — Alan Rick (União Brasil), Márcio Bittar (União Brasil) e Sérgio Petecão (PSD) — confirmaram adesão à proposta, reforçando o engajamento da bancada acreana na investigação das denúncias.

As suspeitas contra o INSS ganharam repercussão nacional após relatos de aposentados sobre descontos em folha referentes a serviços não contratados, como seguros, associações e clubes de vantagens. Diante do aumento das queixas, o Ministério da Previdência abriu investigações internas, e o Congresso passou a pressionar por mais transparência e responsabilização.

A instalação da CPMI ainda depende de trâmites regimentais, mas o número expressivo de assinaturas reforça a mobilização da oposição para cobrar esclarecimentos do governo federal.