O assassinato do professor de zumba Reginaldo Silva Corrêa, de 44 anos, mobilizou familiares, amigos e a comunidade de Epitaciolândia. O corpo foi encontrado na última quarta-feira (1º), em uma cova rasa, após seis dias de buscas.

O principal suspeito, Victor Oliveira da Silva, de 27 anos, confessou o crime em depoimento à Polícia Civil. Ele relatou que chamou Reginaldo até sua casa, no dia 25 de setembro, para tentar reatar um relacionamento. Diante da negativa, aplicou um “mata-leão” e percebeu, em seguida, que o professor não tinha mais sinais vitais.

Victor disse ainda que passou a noite no mesmo quarto onde o corpo estava. No dia seguinte, com a ajuda indireta da vizinha Marijane Maffi, retirou o carro da vítima do local. O veículo foi deixado em um ramal próximo à Villa Rosário, na região de fronteira com a Bolívia.

De acordo com a investigação, Marijane teria levado o carro acreditando que Victor estava vendendo o automóvel. Ela foi presa, mas ganhou liberdade provisória após audiência de custódia, mediante fiança de R$ 10 mil e medidas cautelares. Já Victor segue preso preventivamente.

Ainda segundo a polícia, o suspeito enterrou o corpo em um terreno entre sua casa e a da vizinha, usando ferramentas emprestadas dela. “Na minha cabeça eu só tinha a intenção de me livrar daquilo ali”, declarou.

Quem era a vítima

Natural de Cuiabá (MT), Reginaldo Corrêa era conhecido como Reggis e trabalhava como agente territorial do Sebrae em Brasiléia. Pai de uma menina de seis anos, ele também atuava na área cultural e tinha muitos amigos no meio artístico.

A morte causou forte comoção em Brasiléia e Epitaciolândia, onde ele morava. Prefeituras, instituições e amigos prestaram homenagens. O Sebrae divulgou nota de pesar, assim como a Federação de Cultura Elias Mansour, a Federacre e a Acisa.