Nesta terça-feira (30), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski determinou o envio das mensagens que foram obtidas na Operação Spoofing a Augusto Aras, procurador-geral da República, e à subprocuradora Elizete Maria de Paiva Ramos, corregedora-geral do Ministério Público. As informações são do portal UOL .
O conteúdo das mensagens diz respeito a conversas vazadas entre procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, adquiridas por hackers investigados na Spoofing. Além disso, os diálogos também incluem o ex-juiz Sergio Moro , responsável pela primeira condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no âmbito da Lava Jato.
De acordo com Lewandowski , o envio das mensagens a Aras é para a “ciência” do procurador-geral e adoção de “providências cabíveis”, já que além de chefe do MPF (Ministério Público Federal), Aras também é presidente do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).
Por outro lado, ainda segundo o ministro, o envio dos diálogos à subprocuradora da República tem o objetivo de pedir um parecer sobre a alegação da defesa de Lula, de que procuradores de Curitiba teriam realizado tratativas internacionais sobre o acordo de leniência com a Odebrecht.
Lewandowski, que é relator da ação impetrada pela defesa de Lula, pede à subprocuradora que, no caso de existirem registros de supostas negociações internacionais, que eles sejam acoplados aos autos do processo para que os advogados do ex-presidente tenham acesso.