Na autobiografia “The Beauty of Living Twice” (“A beleza de viver duas vezes”, em tradução livre), que chega às livrarias americanas nesta terça-feira, Sharon Stone faz revelações bombásticas sobre a infância. A atriz conta que ela e sua irmã, Kelly, foram sexualmente abusadas pelo avô, Clarence Lawson, que costumava trancá-las em um quarto para cometer os crimes.
Lawson morreu quando Sharon tinha 14 anos e, no livro, ela conta o sentimento de vê-lo sem vida. “Eu o cutuquei, e a satisfação bizarra de que ele estava finalmente morto me atingiu como uma tonelada de gelo. Eu olhei para (Kelly) e ela entendeu; ela tinha 11 anos e estava tudo acabado”, escreve a estrela, hoje com 63 anos.
Plástica não autorizada
Na obra, Sharon Stone também relata o episódio do aumento de seios não consentido. Em 2001, ao acordar de uma cirurgia para a retirada de um tumor benigno na região, foi informada pelo médico de que ele havia aumentado suas mamas porque elas ficariam “maiores e melhores”.
Você viu?
“Quando eu estava sem curativos, descobri que tinha seios maiores, que ele disse combinar melhor com o tamanho do meu quadril. Ele mudou meu corpo sem meu conhecimento ou consentimento.”
Instinto selvagem
A famosa cruzada de pernas do filme “Instinto selvagem” (1992) tem páginas dedicadas a si na autobiografia. Sharon Stone afirma que foi induzida a tirar a calcinha com a informação de que a peça estava refletindo luz. Foi garantido a ela que suas partes íntimas não apaceriam. Ela só viu que não era o caso quando assistiu ao corte final na sala de edição, “não sozinha com o diretor, como se poderia antever, dada a situação que nos fez dar uma pausa, mas com uma sala cheia de agentes e advogados, muitos dos quais não tinha ligação com o projeto”.
“Há muitos pontos de vista sobre esse assunto, mas, como sou eu que tenho a vagina em questão, deixe-me dizer: os outros pontos de vista são uma besteira. Éramos eu e minhas partes lá”.