Mais da metade das obras públicas monitoradas no Acre estão paralisadas, conforme levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU). Das 234 obras analisadas, 136 estão sem andamento, enquanto apenas 98 seguem em execução.
Os investimentos previstos para essas obras somam R$ 702 milhões, mas 66% desse montante (R$ 464,7 milhões) estão vinculados a projetos paralisados. Até o momento, R$ 188,4 milhões foram aplicados nas iniciativas suspensas, de um total de R$ 261,7 milhões investidos em todo o portfólio.
O levantamento do TCU aponta um aumento significativo no percentual de obras interrompidas. Em 2022, 34,1% estavam paralisadas, subindo para 42% em 2023 e alcançando os atuais 58,1% em 2024. Em termos financeiros, os recursos destinados a obras em execução caíram drasticamente, de R$ 1,72 bilhão em 2022 para R$ 702 milhões neste ano.
A saúde é o setor mais afetado, com 53 projetos parados, seguida pela educação básica (32) e infraestrutura e mobilidade urbana (23). Áreas como saneamento, esporte, turismo, agricultura e educação superior também registram projetos interrompidos
O Ministério da Saúde lidera entre os responsáveis pelas obras paralisadas, com 53 projetos, seguido pelo Ministério da Educação (33) e outros ministérios como o de Infraestrutura e o do Turismo.
A paralisação das obras públicas no Acre representa um entrave ao desenvolvimento do estado, prejudicando setores essenciais como saúde e educação, além de intensificar a falta de empregos.