Sem remédios, hospital suspende UTI Covid e pede transferência de doentes


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Nesta quinta-feira (25), a unidade de saúde suspendeu o atendimento na UTI e solicitou a transferência de 60 pacientes com intubação orotraqueal
Foto: Alex Ribeiro/Divulgação

Nesta quinta-feira (25), a unidade de saúde suspendeu o atendimento na UTI e solicitou a transferência de 60 pacientes com intubação orotraqueal

A Santa Casa de Misericórdia de São Carlos, no interior de São Paulo, chegou a uma situação limite. O hospital afirma que não tem mais, no estoque, analgésicos para intubação de pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Além disso, 27 profissionais, entre enfermeiros e técnicos de enfermagem, pediram demissão. Nesta quinta-feira (25), a unidade de saúde suspendeu o atendimento na UTI e solicitou a transferência de 60 pacientes com intubação orotraqueal — parte deles com Covid-19.

Os casos da doença em São Carlos, município de 250 mil habitantes, vêm crescendo. Três a cada dez mortes por Covid-19 registradas desde fevereiro de 2020 ocorreram em março deste ano. Só neste mês ocorreram 56 das 193 mortes relacionadas à pandemia. A Santa Casa já vinha enfrentando problemas. No último dia 19, já tinha suspendido as cirurgias por falta de fentanil (anestésico), atracurio (bloqueador neuromuscular) e midazolam (droga para sedação).

Em entrevista ao portal G1, o infectologista e gerente médico da Santa Casa, Roberto Muniz Júnior, disse que aguarda resposta do sistema do governo do estado que gerencia a transferência de pacientes, o Cross. Segundo ele, o hospital não recebeu do Ministério da Saúde os remédios que estavam previstos:

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— Isso se deve ao fato que nós não recebemos a remessa programada de medicações que são necessárias para manter esses pacientes intubados. O estoque está acabando, a gente tem o suficiente para dois dias —, afirmou o médico.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que começou a entregar mais de 2,8 milhões de unidades de medicamentos usados na intubação de pacientes em todo o Brasil e que as remessas devem chegar às cidades “em menos de 72 horas”.

Fonte: IG SAÚDE

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